Da redação
O brasileiro já se habituou com eleições a cada dois anos, sempre em anos pares. Nos ímpares, prevalece o ajuntamento de forças e alianças, e administradores que em breve terão de testar sua administração e popularidade nas urnas “tirarem o pé do chão”. Recentemente, vimos o prefeito Marcos Trad fazer visitas de surpresa a postos de saúde como forma de mostrar seu esforço para melhorar o atendimento e, claro, mostrar ao povo que cuida pessoalmente de sua administração, numa mensagem inequívoca de autoridade. Se vai dar certo, só o tempo vai dizer.
Enquanto isso, lideranças e partidos começam a mover-se em direção a debates intensos, testes de nomes em pesquisas e a buscar alternativas para se apresentarem como propostas viáveis ao poder.
Em Campo Grande, aparentemente o atual prefeito goza de relativa popularidade, mas não tão folgada a ponto de alguém arriscar que sua vitória no próximo pleito é líquida e certa. No entanto, mexidas no tabuleiro político desde a eleição do ano passado indica uma sólida aliança do grupo do prefeito – a partir de seu partido, o PSD -, com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, do PSDB. Reeleito, Reinaldo tem tempo e disposição suficientes para se tornar protagonista da próxima disputa eleitoral, com seu apoio podendo ser decisivo para o lado vencedor.
Na verdade, até o momento nenhum nome se apresentou de forma contundente. É do jogo, ninguém quer mover a primeira peça. Qualquer erro agora pode ser fatal. No entanto, nomes são ventilados por formadores de opinião, líderes políticos e pela própria imprensa, mas sem grandes estragos para a segura navegação do atual prefeito, até o momento.
E dentre os nomes que podem surgir, mas que até o momento mantém-se submerso e imerso em seu mandato, é o do vereador professor João Rocha. Num momento em que a política nacional vem sendo tocada a partir de discussões odiosas, conflitos irreconciliáveis e polarização esquerda X direta, nomes como o de João Rocha podem, porque não, transformar-se em alternativas seguras. O que necessitamos, no momento, são homens e mulheres públicos com capacidade de diálogo e defensores de políticas inclusivas para todos, de modo a sanar uma ferida que sangra desde o início da disputa presidencial no ano passado e que contamina ferozmente todos os setores da política nacional.
João Rocha, homem cordato e que sempre busca o consenso, tem sua militância política baseada no esporte. Judoca experiente, formou uma geração de praticantes do judô e ajudou fazer de Campo Grande uma referência do esporte no País. Levou para seu mandato na Câmara Municipal o estilo “oriental” de saber ouvir, mediar e encaminhar soluções pacíficas, porém eficientes. João é do mesmo partido do governador do Estado, e sempre se manteve fiel aos princípios partidários, com respeito à coletividade e aos encaminhamentos necessários, ou seja, um verdadeiro soldado da agremiação a qual se propôs a participar e aos projetos que vem fazendo Mato Grosso do Sul se desenvolver.
Por isso, entre tantas ótimas alternativas – além do próprio prefeito -, talvez seja hora de considerarmos uma alternativa diferente e equilibrada, perfis que podem servir às necessidades de uma Capital pujante e que cresce a cada dia, recebendo pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo, e que pode ter em uma administração pautada pelo diálogo, uma excelente forma de conciliar interesses e conflitos comuns a uma metrópole com o perfil como Campo Grande.