O jogo entre América de Cali e Atlético-MG, pela Libertadores, foi interrompido diversas vezes na noite desta quinta-feira, em meio a protestos que estavam prometidos para o entorno do estádio, em Barranquilla.
Os atletas das duas equipes respiraram gás lacrimogêneo e tiveram que lavar o rosto e sair de campo. O médico do Atlético-MG, assim como o técnico Cuca, conversaram sobre a possibilidade de continuidade da partida, que estava empatada em 1 a 1 ainda no primeiro tempo.
Minutos depois, a partida foi retomada, mas chegou a parar por quatro oportunidades. O primeiro tempo durou 61 minutos, e o intervalo 20. Mas o jogo foi retomado. E o Atlético-MG fez 3 a 1. No segundo tempo, houve nova paralisação por conta do gás lacrimogênio. Arana e Vargas marcaram. Hulk havia feito o primeiro gol. O resultado classificou os mineiros de forma antecipada para as oitavas.
“Uma partida muito difícil por conta da situação que a Colômbia está passando. A gente fica muito triste com isso, mas viemos aqui com o propósito de joragar futebol, vencer. Sabíamos que íamos encontrar dificuldades. A equipe do América é muito boa. Na Libertadores, todos os jogos são difíceis. O mais importante é a classificação. Muito feliz com o gol. Quando cheguei, falei que minha característica era atacar bastante, e está dando resultado. Feliz por ajudar minha equipe e pela vitória”, afirmou Arana à Fox Sports.
Vale lembrar que a Conmebol bancou a realização do jogo no palco dos protestos, que são motivados pela revolta da população com a reforma tributária no país. Antes da partida começar, já havia movimentação fora do estádio Romello Martinez com críticas ao governo.
Os manifestantes pediram o cancelamento do jogo, com o slongan “Sem paz, sem futebol”.
Até agora os protestos no país já deixaram 42 mortos nas últimas três semanas.
Segundo o regulamento da entidade, “A interrupção, suspensão e abandono do campo de jogo ou cancelamento da partida são o último recurso possível e somente poderão ocorrer quando houver uma ameaça clara e iminente à segurança dos jogadores, oficiais e/ou público”.
A situação já havia ocorrido no duelo entre Júnior e River Plate, na última quarta-feira, quando jogadores argentinos sofreram com a nuvem de gás lacrimogêneo.
Fonte: O Globo