A música que rege o ataque do Flamengo ainda não permitiu que Gabigol e Pedro dancem coladinhos mais de uma vez em 2021. Os protagonistas da equipe em matéria de gol brilham de maneira alternada. Um pra lá, outro pra cá. Assim deve ser hoje, às 21h30 (de Brasília), quando o rubro-negro enfrenta a LDU na altitude do Equador pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Até agora, são duas vitórias em duas partidas pelo grupo G.
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Os dois últimos jogos ilustram bem o sucesso da dupla de forma individual. Mas a análise de todos os 15 compromissos na temporada deixam claro que, em meio à grande fase da dupla, Gabigol tem importância ligeiramente superior, embora com os mesmos sete gols que Pedro. Com o camisa 9 em campo, o Flamengo balançou as redes 21 vezes. Já com Pedro, foram 13. Se marcar mais duas vezes no torneio sul-americano, Gabi iguala Zico como maior artilheiro do clube na Libertadores, com 16.
O peso histórico de Gabigol não é a única vantagem. A maior participação nos jogos é uma das explicações para ele ser o principal atacante rubro-negro. Dentre as peças ofensivas, Ceni escalou Gabi oito vezes, seguido por Michael (sete) e Bruno Henrique (seis). Só depois aparecem Pedro e Arrascaeta (cinco, cada). Vale lembrar que Pedro se lesionou e ficou duas semanas fora de ação.
Fato é que o time vai hoje para o seu décimo jogo com força máxima à disposição. Com a utilização de todo o elenco, o ataque considerado reserva iniciou até mais vezes do que o titular. O trio formado por Michael, Pedro e Vitinho começou cinco partidas, enquanto Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol atuaram apenas quatro vezes.
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Com a variável calendário levada em consideração, a formação do Flamengo tem claramente uma opção “A? e uma “B?. Escalar Pedro e Gabigol juntos apenas por suas produções individuais não passa pela cabeça de Ceni neste momento. O técnico entende que é necessário tempo para ajustar um novo sistema, com dois atacantes por dentro. Nele, Gabi cairia mais pelos lados, e um dos pontas ou meias sobraria. Atualmente, Bruno Henrique e Everton Ribeiro são os jogadores cotados para dar a vaga a um companheiro no time titular, já que não vivem boa fase.
Gerson fora
Sem Gerson, com uma lesão na coxa, o Flamengo que encara a LDU tem como opção a entrada de Pedro, o que obrigaria Ceni a sacar um dos pontas caso queira manter Arão na zaga. Se o volante for adiantado e a defesa formada por Bruno Viana e Gustavo Henrique, o ataque pode se manter com a formação original já conhecida do torcedor.
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Assim, Pedro viraria arma para o segundo tempo. Essa é a tendência para a escalação, depois do último treino no Equador no fim da tarde de ontem. O outro desfalque é Rodrigo Caio, também lesionado.
Se não entrarem em campo ao mesmo tempo, Gabi e Pedro terão muito o que oferecer ao Flamengo cada um a seu modo. O ideal para o clube é poder escalar os dois. Além da altitude, o time enfrenta uma LDU invicta na na temporada. Em 12 jogos, os equatorianos somam cinco vitórias e sete empates. Na edição de 2019 da Libertadores, o Flamengo enfrentou a mesma equipe e venceu na ida e na volta, na trilha do título.
Fonte: O Globo