A forte ondulação de sudeste que atingiu o Rio de Janeiro nesta semana e acordou a Laje da Besta, na entrada da Baía de Guanabara, trouxe também ondas a locais que costumam passar o ano inteiro “adormecidos”, que poucos cariocas sabem que estão no radar dos surfistas no caso de ressacas dessa magnitude.

A chamada “Praia do Brejo”, no Flamengo, voltou a quebrar, assim como a lendária onda de Itapuca, na Praia de Icaraí, em Niterói. A onda que quebra ao lado do Forte de Copacabana fez a alegria de dezenas de surfistas da Zona Sul do Rio.

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Um dos locais que atraiu muitos surfistas foi a cabeceira do Aeroporto Santos Dumont. Pegar onda vendo – e ouvindo – o decolar dos aviões é, certamente, algo que não está no dia a dia do Rio de Janeiro.

Bodyboarder Bruno Barata na água na cabeceira do Aeroporto Santos Dumont Foto: Fernando Zerodoiszoom/Divulgação
Bodyboarder Bruno Barata na água na cabeceira do Aeroporto Santos Dumont Foto: Fernando Zerodoiszoom/Divulgação

 

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– Quando chegamos lá, ainda era madrugada e não dava para ver se tinha onda. Ficamos na dúvida se valia tentar surfar, mas foi só o primeiro avião passar que veio na hora a movitação de ir para a água – conta Bezinho Otero, integrante do circuito mundial de stand up paddle, acrescentando que não é um local para quem gosta de ficar concentrado em silêncio esperando pelas ondas:

– O barulho quando os aviões passam é ensurdecedor.

Na Zona Sul:Copacabana quebra com ondas grandes e tubulares

Surfistas na cabeceira do Aeroporto Santos Dumont Foto: Beto Noval/Divulgação
Surfistas na cabeceira do Aeroporto Santos Dumont Foto: Beto Noval/Divulgação

 

Bezinho explica que a onda é bastante volumosa, pois a ondulação vem de águas profundas.

– Quando a ondulação bate na “quina” da cabeceira da pista e encontra a parte rasa das pedras, a onda quebra.