Em mais uma disputa brasileira no Mundial de surfe, Italo Ferreira, de 26 anos, superou Gabriel Medina, de 27 anos, para vencer a etapa de Newcastle, na Austrália, segunda da temporada 2021 da WSL (World Surf League). Newcastle fica no estado de Nova Gales do Sul, a 160 km de Sydney, costa leste da Austrália.
Assim, o atleta do Rio Grande do Norte assumiu a liderança da temporada, com 16.085 pontos, deixando o paulista na segunda posição, com 15.600.
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A havaiana Carissa Moore venceu entre as mulheres e também assumiu a liderança do cirtuito, que era da australiana Tyler Wright até então.
Italo somou 14.94 nas suas duas melhores ondas da final deste sábado, contra 13.27 de Medina. Se não levou o título, Medina fez o aéreo mais impressionante da semana, que lhe deu uma nota 9.70 nas semifinais.
O encontro entre Gabriel e Italo na decisão deste sábado repetiu a final de Pipeline em 2019, quando o potiguar derrotou o paulista e sagrou-se campeão mundial de forma inédita, e também a semifinal da etapa realizada na mesma praia do Havaí em dezembro, esta vencida pelo bicampeão mundial.
O havaiano John John Florence, vencedor da etapa inaugural da temporada, em Pipeline, ainda em dezembro de 2020, caiu cedo desta vez e foi para a terceira posição (11.330 pontos). Medina, que na ocasião perdeu para ele num duelo de bicampeões mundiais, agora soma dois vices na temporada.
? Cara, ele é uma máquina (risos). Ele me faz ser cada vez melhor. Temos mais três eventos aqui na Austrália, então vai ser uma batalha boa. E sim, eu gosto de amarelo (da lycra do número um do mundo), mas não sei se faz muita diferença no momento ? disse Italo Ferreira, que vestirá a lycra na próxima etapa, que começa na quinta-feira, em Narrabeen.
O evento de Newcastle foi marcado por um ótimo desempenho de mais surfistas brasileiros. Italo derrotou Filipe Toledo, de 25 anos, nas semifinais. Deivid Silva, de 26 anos, e Adriano de Souza, o Mineirinho, de 34 anos, avançaram até as quartas. Este último, campeão mundial em 2015, faz sua temporada de despedida do circuito.
O circuito ficou parado por mais de três meses porque duas etapas que seriam realizadas nos EUA no início do ano foram canceladas por conta da pandemia de Covid-19. Assim, a WSL optou por engatar uma sequência de quatro eventos entre abril e maio na Austrália, país bem-sucedido no combate ao coronavírus e com diversas opções de praias para a elite do esporte.
O retorno das competições foi realizado após os atletas cumprirem quarentena de 15 dias num hotel em Sydney na chegada ao país.
Fonte: O Globo