Uma das vilãs mais icônicas dos games, a inteligência artificial GlaDOS só foi colocada em Portal para “facilitar? a vida dos testers, que não sabiam o que precisavam fazer no jogo.
“GlaDOS não existia. Era só o jogo. E eu lembro que os testers se divertiam bastante e depois colocavam no feedback ?Todo esse tutorial foi bem divertido, mas quando o jogo começa?? e nós ficávamos ?cara, isso é o jogo!??, contou o desenvolvedor da Valve, Robin Walker, em uma entrevista ao TechRadar.
O momento no mínimo curioso aconteceu quando o time de desenvolvimento havia finalizado 14 das 17 fases do jogo e os testers ainda não conseguiam encontrar “sentido? do jogo ser “apenas?… um jogo de quebra-cabeças.
“Então a GlaDOS veio daí e isso comprovou uma teoria que tínhamos – que os jogadores precisam acreditar que existe um sentido para todo o aprendizado, que precisa ter um tipo de antagonista, alguma ameaça ou força que pareça revidar. Que talvez precise haver algo que mostre o significado da derrota do jogador?, acrescentou Robin.
Walker também apontou que ele e seus colegas de Valve “aprenderam? ao longo dos anos que a mecânica muitas vezes é algo que os jogadores não são completamente tão apaixonados quanto os desenvolvedores. ?Mas é raro encontrar jogos por aí que são grandes sucessos e são apenas jogos de mecânica crua, sem algum conteúdo para revestí-los?, completou.
Fica, então, nosso agradecimento aos testers de Portal que não entenderam direito o conceito que os desenvolvedores queriam passar e acabaram por nos dar uma das personagens mais icônicas do mundo dos games. Congratulations, the test is now over.
Fonte: The Enemy