Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das maneiras de se proteger contra o coronavírus é usando a máscara facial. Com a alta demanda do mercado, a variedade de estilos do acessório segue crescendo e muitas vezes confundindo os consumidores.
Neste momento, em que o Brasil se torna o epicentro mundial da pandemia, saiba qual a maneira correta de usar o acessório protetor que deve cobrir o nariz e a boca:
Tipos de material
De acordo com a infectologista Keiila Mara, a máscara, de uso obrigatório, precisa ser de qualidade e com o tecido firme para filtrar todas as impurezas do ar.
Sobre as máscaras de pano, a médica afirma que elas são seguras mesmo com a nova variante, mas é importante que o acessório seja com três camadas de proteção para melhor anteparo. “Para ter uma ideia, a máscara de tecido com três camadas tem uma capacidade de filtragem em torno de 51%, enquanto a cirúrgica protege cerca de 59%”, explica a doutora.
Importante destacar que as máscaras não podem ser de tricô ou crochê, a não ser que seja uma camada adicional além das três por baixo. Tirando isso, qualquer tecido é válido desde que tenha todas as camadas.
Segundo um estudo da Universidade Duke, nos Estados Unidos, a máscara mais eficaz é a N95. Normalmente esse é o equipamento usado por equipes de saúde para impedir a transmissão do vírus nos hospitais.
“As máscaras N95 e PFF2 são mais eficientes. No entanto, não precisam ser usadas por pessoas que não sejam profissionais de saúde, isso porque os modelos são indicados para proteção contra aerossóis, que são partículas muito pequenas que ficam suspensas no ar. A principal forma de transmissão do coronavírus fora desses ambientes é por gotículas que são partículas bem maiores e mais pesadas e que não ficam suspensas no ar”, explica Keilla.
Além disso, como existe falta desse equipamento em muitos locais, é importante que a população em geral não o utilize, para reservá-lo aos profissionais de saúde.
Lavagem e troca de máscaras
Na prática de exercícios físicos, a tendência é que a máscara fique molhada com gotículas de respiração mais rapidamente. Por outro lado, quem a utiliza apenas para ir ao supermercado ou qualquer outra atividade que não envolva esforço, pode ficar com ela por mais tempo. A estimativa segura é entre 2 à 4 horas.
“O importante é observar a umidade da máscara. Se ela começa a parecer molhada é hora de trocar. E sempre que chegar em casa, lavar com água e sabão”, esclarece a médica.
Máscaras descartáveis devem ser trocadas, no máximo, a cada duas horas. As de tecido têm uma capacidade de retenção maior, então podem segurar por até quatro horas, mas isso varia. O ideal é que, se precisar sair de casa, leve ao menos duas máscaras.
“Importante ressaltar que apenas o uso de máscara não é suficiente para achatar a curva de contaminação. É importante que mantenhamos o distanciamento social e façamos a higienização das mãos com álcool em gel com frequência”, finaliza a infectologista.
Colaboração: Dra. Keilla Mara de Freitas, infectologista do Sírio Libanês e diretora da clínica Regenerati.
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Fonte: Terra Saúde