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Postura do Flamengo com famílias de vítimas gera pressão interna sobre Landim e vice



Uma das críticas mais contundentes das famílias das vítimas foi sobre a postura dos dirigentes do Flamengo presentes da reunião de mediação. E até sobre quem não apareceu. Logo no início do encontro, o vice-geral Rodrigo Dunshee deixou o Tribunal de Justiça após algumas palavras de solidariedade. A atitude, no entanto, não foi bem vista. O presidente Rodolfo Landim, por sua vez, não esteve na primeira rodada em busca de entendimento.

A postura também motivou questionamentos internos no Flamengo. Grupos políticos do clube contestaram a omissão do presidente e o desgaste causado pela atitude do vice-geral, considerada falta de sensibilidade. A pressão também é grande devido ao sumiço de dirigentes, que não respondem perguntas de forma decente desde a tragédia.

? Ele (Dunshee) saiu no meio da reunião. Devia ter um jantar importante. Disse que tinha um problema para resolver. Apenas mediadores e advogados participaram, nenhum representante do Flamengo ? disse um dos advogados das famílias.

Procurado, Dunshee se posicionou, e disse que havia profissionais contratados para ir à reunião. Que ele só foi no início para prestar solidariedade. Entre os contratados, o advogado Alvaro Piquet, que participou até o final, e Bernardo Accioly, diretor jurídico.

? Eu não tinha que ir. Não sou parte da mediação. Fui prestar solidariedade. Por isso o Landim (presidente) também não foi. Presidente não participa das mediações. Eu falei no começo que não ia ficar. Fui carinhoso. Não saiu do jeito que eles queriam ? afirmou o vice-geral.

O presidente do Flamengo não se posicionou mais uma vez.

Fonte: O Globo


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