Cleo abriu o jogo sobre sua compulsão alimentar durante uma entrevista reveladora para o jornal O Globo. A atriz comentou que ‘comia até se machucar’ e, após fazer o tratamento adequado, acabou emagrecendo 20kg.
“Ia [comendo] até passar mal. Perdi o preconceito com remédios, e pela primeira vez, comecei a tratar a compulsão de verdade. Me convenci [a fazer o tratamento] quando ele [médico] disse que eu não ia parar de comer, mas parar de me machucar comendo. Em um mês fazendo tudo certinho, tudo melhorou: o sono, a fome, eu”, disse ela, que atualmente anda focada nos treinos e atividades físicas.
A compulsão é caracterizada pelo ato de comer de forma descontrolada, em um curto espaço de tempo, mesmo sem fome. Segundo o psicólogo Ricardo Milito, as pessoas que sofrem desta causa comem de forma compulsiva como gatilho das mudanças emocionais, como situações de estresse e ansiedade.
“Além de suprir necessidades fisiológicas, o alimento consegue evocar boas memórias de cuidado e carinho, por exemplo ao comermos aquele bolo que nossa avó fazia quando éramos criança”, afirma o profissional.
Ricardo destaca que, neste caso, é importante estar atento aos sintomas da compulsão alimentar. “Se alimentar mais rápido que o normal, comer até se sentir incomodamente farto, sentir repulsa por si mesma, depressão ou demasiada culpa após comer excessivamente e se alimentar escondida ou sozinha por ter vergonha”.
O tratamento é multidisciplinar, com o acompanhamento de um psicólogo, psiquiatra, nutricionista e, se necessário, outros profissionais. “Com a psicoterapia, o indivíduo poderá compreender melhor o significado da refeição, buscando ter hábitos e rotina mais saudáveis, entender seus sentimentos, pensamentos e crenças disfuncionais que funcionam como gatilhos para a compulsão alimentar. Consequentemente, será capaz de enfrentar melhor situações desafiadoras”, finaliza.
Consultoria: Ricardo Milito, psicólogo / Texto: Baárbara Martinez
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Fonte: Terra Saúde