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São Paulo pretende vacinar 600 mil pessoas por dia



O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirma que a capital paulista está com estrutura preparada para iniciar a vacinação em 25 de janeiro, mas depende da chegada das doses para manter o cronograma.

Médica participa de testes da CoronaVac, em São Paulo 11/12/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Médica participa de testes da CoronaVac, em São Paulo 11/12/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

Foto: Reuters

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira, 6, Aparecido disse que a cidade poderá receber vacinas do Ministério da Saúde e também do governo estadual.

“Nós não temos ainda (a vacina). O município recebe vacina do Ministério da Saúde e, eventualmente, poderá receber também do governo do Estado. O município monta a estrutura de vacinação e fica na dependência de receber as vacinas”, explicou.

Com a estrutura montada e vacinas disponíveis, o secretário avalia que 600 mil pessoas poderão ser vacinadas por dia na capital paulista. “Vamos utilizar 12 mil funcionários de apoio, 15 mil enfermeiros e três mil pontos de vacinação. Fora as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), hospitais, Amas, igrejas e toda estrutura está montada. Já adquirimos 15 milhões de seringas, 14 milhões de agulhas, mais insumos utilizados. A empresa para fazer a transferência da vacinas também já foi contratada”, disse.

Segundo o secretário, a primeira etapa está programada para ser iniciada em 25 de janeiro para profissionais de saúde, idosos e indígenas, população que representa três milhões de pessoas. O cronograma prevê o fim da primeira fase até 22 de março para não conflitar com a campanha de vacinação da gripe. “A segunda dose, dependendo da disponibilidade da vacina, pode ser, inclusive, até antecipada. No caso do idoso, a segunda dose deve ser feita até meados de março, porque em abril começa a vacinação da gripe e o idoso também precisa ser vacinado”, disse.

Aumento de internações

O secretário municipal de Saúde de São Paulo não descarta a possibilidade de aumento de internações diante de aglomerações observadas no fim de ano, mas afirma que o município está preparado para atender a população. “Mantivemos os leitos de enfermaria e de UTI, que foram criados durante o momento mais crítico da pandemia entre junho e agosto do ano passado, mesmo com a queda de internações, casos e óbitos que tivemos na média móvel de sete dias que tivemos no fim de outubro. Isso foi fundamental para que agora neste momento de retomada dos casos e de possível onda de internações que seguramente teremos diante das festas que vimos no fim de ano, do comércio”.

Na terça-feira, 3, o Estado de São Paulo ultrapassou a marca de 47 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Mesmo com aumento de casos, Aparecido afirma que os hospitais de campanha de São Paulo não serão reativados. Segundo ele, a rede municipal abriu novos leitos em oito hospitais da cidade desde o início da pandemia. “Não vamos reativar. Eles cumpriram papel importante, mas como abrimos oito novos hospitais, podemos ampliar leitos de covid-19 com mais facilidade”, disse.

Atualmente, a capital paulista está com 61% da capacidade de ocupação de leitos de UTI e nos leitos de enfermaria, a taxa é de 63%.

Educação

Questionado sobre a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 17 e 24 de janeiro, o secretário afirma que a prova deve ser realizada. “Estamos tratando de um público que já está circulando há algum tempo. Não é como a criança do ensino fundamental, que não está circulando. O que é importante é toda uma orientação para que possa se proteger quando for fazer a prova presencialmente”, acrescentou. Segundo o secretário, todas as escolas estão preparadas com o protocolos estabelecidos pela Vigilância Sanitária do município e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sobre à volta às aulas, a secretaria de Saúde vai concluir nos próximos dias uma nova etapa do inquérito sorológico em adultos e crianças da capital paulista. “Vamos apresentar novos dados ao prefeito. Essa é uma decisão que deve ser tomada pela Vigilância Sanitária junto com o prefeito Bruno Covas (PSDB)”, afirmou Aparecido. Os dados vão embasar a reabertura ou não das escolas municipais em fevereiro.

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Estadão

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Fonte: Terra Saúde


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