A procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ) protocolou nesta segunda-feira uma denúncia contra o Fluminense e o presidente Pedro Abad por causa de acontecimentos envolvendo a final da Taça Guanabara.
O tricolor foi denunciado por, na batalha para ocupar o setor Sul do Maracanã, ter acionado a Justiça comum antes de esgotar a esfera desportiva. A pena em caso de condenação é a exclusão da competição .
Houve um pedido de liminar entregue ao presidente do TJD-RJ, Marcelo Jucá, para punir clube e Abad de imediato. Mas ele já foi negado.
O Vasco , ao contrario do que se previa, escapou e não será enquadrado pelos conflitos entre torcida e polícia no entorno do Maracanã.
– Eu vi o presidente do Vasco dizendo que pagaria para proteger os torcedores. Achei o ato fantástico. O mando de campo era do Vasco. Não vi o Vasco dando causa à confusão – disse o procurador-geral, André Valentim.
O artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva foi usado pela procuradoria no documento. Além da exclusão, ele prevê pagamento de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Houve o acréscimo do artigo 258-D no caso do Flu, o que pode render a ele mais R$ 10 mil de multa.
Em relação ao presidente Pedro Abad, a procuradoria usou as declarações dadas no sábado, quando o dirigente fez uma convocação para uma “guerra” contra o Vasco.
– As declarações do presidente são contundentes. Estamos vivendo um clima de animosidade e violência extrema. Chamar alguém para guerra é inflamar mais ainda os ânimos de torcedores, dando causa ao que nós vimos. Por que deu problema? Por causa das declarações do Abad – argumentou o procurador do TJD.
O dirigente tricolor foi enquadrado nos artigos 243-D (incitar publicamente o ódio ou a violência) e 258 (Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva).
Fonte: O Globo