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Retrospectiva 2020: mais um ano de ouro do Free Fire nos esports



O cenário de Free Fire, premiado como melhor jogo de esports mobile do ano no Esports Awards, seguiu firme e forte desde a ascensão meteórica que teve no ano passado e quebrou ainda mais barreiras em 2020. Entre recordes de audiência e um equilíbrio enorme no que se diz respeito ao cenário competitivo, o Brasil ainda se mostrou dominante frente às Américas, levando todos os campeonatos latinoamericanos disputados ao longo do ano.

O The Enemy separou os melhores do ano e você confere o que mais marcou a cena do Frifas no ano que se despede. Veja:

Cavalaria? Presente!

A Team Liquid estreou no cenário de Free Fire no início do ano, apostando no elenco ex-B8 para disputar a primeira etapa da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF). O time vingou com todo o suporte da Cavalaria e foi campeão brasileiro com folga, apesar da Vivo Keyd, que amargou o vice-campeonato, ter se aproximado da liderança na grande final. O jeito de jogar da Liquid era um divisor de águas: uma equipe que sabia a hora de agressivar, mas apostava em guardar posição e ler a trajetória do gás para ter sucesso no final da queda.

Foto: Cesar Galeão/Garena

A C.O.P.A. Free Fire, segundo campeonato do ano, revelou uma Team Liquid abalada, inconstante. JapaBKR, que levou o primeiro título de MVP da LBFF, já não era mais o capitão da equipe e Raposo já não encaixava no time. Era hora de mudar. O 14º lugar na C.O.P.A. abriu os olhos da Cavalaria e a reformulação aconteceu: em um momento caótico, em que Peuzada acabou banido pela Garena e ficaria de fora da 3ª etapa da LBFF, o time ainda formado por Lukas.TD, Zenac (que chegou na C.O.P.A.), LUUKING e o técnico Souto recebeu Martins, vice-campeão brasileiro, e Boss, que venceu a Série C com o Santos

O elenco encaixou e apesar de um resultado inconstante na Liga Brasileira, conseguiu a vaga direta para o principal torneio da temporada, o Free Fire Continental Series. Bem ao estilo que trouxe o título brasileiro, a Team Liquid levou a FFCS das Américas, mas no detalhe: a equipe empatou com o Santos e o critério de desempate acabou sendo os pontos por colocação (até que não é tão ruim evitar a agressividade às vezes, né?). 

Foto: Felipe Maaker/Team Liquid

A campanha frágil na C.O.P.A. e a ausência no Gigantes Free Fire (segundo latinoamericano do ano) foi importante para a Team Liquid se encontrar e voltar com tudo. A equipe deu uma aula de resiliência, enfrentou os problemas e voltou ao pódio com maestria, fechando o ano como o melhor time latinoamericano. 

As Américas refletem verde e amarelo: LOUD e RED também triunfaram

A Copa América abriu o calendário do ano e foi o primeiro torneio latino-americano de Frifas, que reuniu os seis melhores times da antiga Pro League e outros melhores da Free Fire League, da América Latina. A LOUD, que chegou com o vice-campeonato mundial, foi o primeiro time brasileiro que triunfou nas Américas, dominando por completo a competição disputada presencialmente na Cidade do México. ShariiN, Bradoock, Will, ViniZx e o técnico Wanheda foram campeões com folga e apesar do alto nível dos gringos, ficou claro que o Brasil era diferenciado.

Foto: Reprodução

A RED Canids também sentiu como é ter a América nas mãos, mas no remoto. Assim como a FFCS das Américas, o Gigantes Free Fire foi online devido à pandemia, que já estava instaurada no meio do ano. Isso, no entanto, não impediu o Brasil de triunfar outra vez: Alemão, ChefãoZp, Madanza, Morato, Dexter e Wanheda (único bicampeão latino-americano de Free Fire), não deixaram o título de campeão das Américas deixar o solo verde e amarelo. 

No Gigantes Free Fire, eram seis equipes da C.O.P.A. e seis da Free Fire League. Ali, já foi possível notar o Brasil se distanciando em nível de jogo: foram cinco times brasileiros nas primeiras posições. Na FFCS das Américas, a Liquid fechou o caixão e ligou o alerta para os gringos: sete equipes brasileiras figuravam o topo e confirmavam o domínio do Brasil em relação ao restante da América Latina. 

Black Dragons e SS também estiveram no topo

Não tem como deixar escapar as campanhas que Black Dragons e SS fizeram em território nacional. Os Dragões, liderados pelo gênio do Lança-Granadas, OTremBB, foram campeões da C.O.P.A. FF, superando as expectativas de todos. Sem dúvidas, o título mais surpreendente da temporada. A SS, que na C.O.P.A amargou as últimas colocações, chegou forte para a 3ª etapa da LBFF e faturou o título com o Cauan eleito MVP absoluto do torneio e a Tami sendo a primeira mulher campeã brasileira de Free Fire. 

A inclusão se fez ainda mais presente no cenário de Free Fire em 2020. Além da realização de dois campeonatos em aldeias indígenas, algo inédito para os esportes eletrônicos, as favelas também tiveram seu espaço com a Copa das Favelas e a primeira edição da Taça das Favelas Free Fire, realizada pela Central Única das Favelas (CUFA) em parceria com Garena e Globo. A competição já tradicional do futebol reuniu mais de cinco mil jogadores e teve a participação de favelas de todo o Brasil. A Divinéia, do Paraná, foi a grande vencedora e faturou R$ 15 mil.

Durante a Taça das Favelas, ainda tiveram recordes sendo batidos: com 25 abates e 70 pontos em uma queda, o Jardim Florianópolis, do Mato Grosso, bateu o recorde dos campeonatos oficiais da Garena e deixou sua marca na história.

Ascensão da Liga NFA em audiência

Em meio a pandemia, a NFA conseguiu cumprir um calendário e entrou um espetáculo no cenário dos emuladores. A decisão da Season 4 da Liga NFA teve um pico de 545 mil pessoas simultâneas e superou até o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), que chegou até 396 mil espectadores. 

A NFA é uma liga independente da Garena e casa dos principais times do cenário, que atuam com outros nomes por questões contratuais com a desenvolvedora do Frifas. A LOUD, por exemplo, é NOISE; a paiN Gaming atua como “Faz o P?, GOD como “Deuses? e por aí vai. Ano que vem, com a pandemia dando trégua, os planos da Liga NFA é promover os campeonatos presencialmente em um estúdio que está sendo construído para abrigar as equipes e demais atrações do maior campeonato de Free Fire independente do Brasil e do mundo.

Foto: Copa Nobru

Liga Brasileira de Free Fire também não decepcionou em audiência

A temporada 2020 da Liga Brasileira de Free Fire teve um aumento de 107% em espectadores simultâneos por partida quando comparada com a competição Free Fire Pro League, de 2019. Foram mais de 169 mil espectadores na FFPL contra 349 mil na LBFF.

Somente a 3ª Etapa da Liga Brasileira de Free Fire Série A, que terminou no último domingo (1º), teve um aumento de 200% na audiência quando comparada à Free Fire Pro League 3, evento que aconteceu no mesmo período em 2019. A competição registrou um pico de 460 mil espectadores simultâneos durante a final.

Nascimento da Copa Nobru e La Copa

Não tem como falar do cenário de emuladores e esquecer a Copa Nobru, um tiro certeiro do astro do Corinthians. A primeira edição teve a Faz o P levantando o troféu frente a um público que lotava oito vezes a Arena Corinthians, palco do show de abertura que ainda contou com o MC Marks emocionando todo mundo com a sua história.

 

A segunda edição aconteceu recentemente e teve a Dollars (Los Grandes) levantando o troféu. Na sequência, em parceria com o venezuelano Donato, um dos maiores streamers de Free Fire da América Latina, Nobru promoveu a La Copa, o primeiro campeonato latino-americano de emuladores. Fechando o ano com chave de ouro, a NOISE faturou o título e consagrou-se o primeiro time campeão das Américas no emulador, fazendo da LOUD a única campeã latinoamericana nos dois cenários. 

Fonte: The Enemy


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