Toda lista causa polêmicas. Com o “Dream Team? (time dos sonhos) divulgado ontem pela “France Football? não seria diferente. Apesar de renomada ? é a idealizadora do prêmio Bola de Ouro, cancelado em neste ano por conta da pandemia da Covid-19 ? a revista francesa não escapou das críticas pelos atletas escolhidos para seleção.
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O Brasil foi o país com o maior número de representantes nessa equipe de craques: o rei Pelé, o atacante Ronaldo e o lateral-direito Cafu, que foi o principal alvo de reclamações. O pentacampeão mundial merece estar no melhor time da história?
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Para o comentarista Paulo César Vasconcellos, foi um desrespeito com nomes como Carlos Alberto Torres e Djalma Santos:
? Ao colocar o Cafu como melhor lateral-direito do futebol mundial, a revista comete uma heresia. Eles justificam afirmando que ele defendia muito bem, então entram no campo da bobagem. O Carlos Alberto (Torres) foi o maior lateral-direito que o futebol mundial conheceu. Nada contra o Cafu, mas foi um erro colossal, inadmissível e desrespeitoso com o Capita.
O Dream Team tem: Yashin; Cafu, Beckenbauer e Maldini; Lothar Matthaus, Xavi, Maradona e Pelé; Cristiano Ronaldo, Messi e Ronaldo. Para Martín Fernandez, colunista do GLOBO, nomes como Didi, Garrincha e Cruyff mereciam estar no primeiro time.
?A graça desse tipo de eleição é a controvérsia que inevitavelmente vem a seguir. Montar uma “seleção de todos os tempos? é tarefa impossível, mas divertida. Didi, Garrincha e Zidane deveriam estar no primeiro time. Quem sairia? Não tenho ideia. Feita a ressalva óbvia de que um time com Pelé e Maradona nem precisa ter outros jogadores para ser favorito, as três seleções da FF competiriam sem favoritismo.
Dos escolhidos, apenas Messi (Barcelona) e Cristiano Ronaldo (Juventus) ainda estão em atividade: os dois concorrem com Lewandowski ao prêmio de melhor do mundo pela Fifa, o The Best. Curiosamente, ambos não venceram a Copa do Mundo, algo pouco comum nesta seleção.
? Só tem craque nessa seleção. Acho meio picareta montar defesa com três pra encaixar mais gente boa do meio pra frente, mas isso sempre acontece. Me chama a atenção o fato de só terem sido escolhidos quatro jogadores que não ganharem uma Copa: Yashin, que foi considerado um revolucionário da posição; Paolo Maldini; Messi e Cristiano Ronaldo, os ídolos da nossa era. Não sei se eu tiraria alguém. Mas senti muita falta de dois jogadores: Cruyff e Garrincha. O Cruyff teve uma importância muito grande na releitura do futebol, na forma como se joga hoje. E o Garrincha foi o melhor exemplo do futebol não europeu, fora do padrão – e além de tudo teve uma atuação na Copa de 62 equivalente à de Maradona em 86. Mas se um time tem Pelé e Maradona, todo o resto vira coadjuvante ? opina o colunista Marcelo Barreto.
? Eu não elegeria Matthaus, Cafu… É dificil eleger apenas onze. Sempre dá polêmica. Minha seleção não teria esses dois. Acho que falta Garrincha, Carlos Alberto, Didi, Di Stéfano, Puskas… ? completa o comentarista Paulo Vinícius Coelho.
Segundo e terceiro times com brasileiros
A revista ainda montou duas seleções alternativas, um segundo e um terceiro time entre os jogadores mais votados, mas que não alcançaram as primeiras posições. Cinco brasileiros figuram nessas equipes: Roberto Carlos, Carlos Alberto Torres, Ronaldinho, Garrincha e Didi.
A escalação do ‘time B’ é Buffon; Roberto Carlos, Baresi e Carlos Alberto Torres; Pirlo, Rikjaard, Di Stefano e Zidane; Ronaldinho, Garrincha e Cruyjjf.
Já o ‘time C’ tem Neuer; Breitner, Sergio Ramos e Lahm; Didi, Neeskens, Platini e Iniesta; Henry, George Best e Van Basten.
Fonte: O Globo