SÃO PAULO – Só 2,6% de 8.188 cursos de graduação do País que foram avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) no ano passado conseguiram obter nota máxima, segundo aponta relatório divulgado pela pasta nesta quarta-feira, 9. O governo federal também classificou como “insatisfatório” o desempenho de 8,4% graduações.
O indicador de qualidade, chamado de Conceito Preliminar de Curso (CPC), serve para orientar políticas educacionais e é levado em conta até na distribuição do orçamento do MEC. Na avaliação, os cursos recebem notas de 1 a 5, sendo as faixas 1 e 2 “insatisfatórias”. Por sua vez, a faixa 3 atende à expectativa. A 4 está acima da média. A 5 é considerada de excelência.
Para o cálculo, a pasta agrega quatro critérios. São eles: desempenho dos estudantes no Enade, infraestrutura das instituições de ensino, titulação e regime de trabalho do corpo docente e também a estimativa do quanto os alunos progrediram com o curso — o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
Segundo o relatório do MEC, 687 cursos foram avaliados nas faixas 1 e 2. Em seguida, aparece a maior parte das graduações: foram 4.034 (49,3%) na faixa 3. Mais 3.255 (39,8%) receberam nota 4 e outras 212, a avaliação máxima. Os cursos estão vinculados a 1.215 instituições de ensino superior do País e 29 áreas de avaliação que participaram do Enade 2019. Entre os cursos avaliados, estão bacharelados em enfermagem, engenharia civil, medicina e agronomia.
Dos 3.619 cursos ministrados em universidades, 96% receberam nota de 3 a 5. Já para faculdades, centros universitários e cursos em institutos federais o indicador foi, respectivamente, de 82,1%, 91,2% e 98,2%. Segundo o MEC, 75% dos cursos de bacharelados avaliados são instituições privadas, enquanto 25% pertencem a instituições públicas. Já em relação aos cursos tecnológicos, 83% correspondem a graduações ofertadas em instituições privadas e 17%, públicas
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Fonte: Terra Saúde