A polêmica sobre qual clube deve ocupar o setor sul da arquibancada do Maracanã na final da Taça Guanabara teve novo capítulo na tarde deste sábado. O presidente do Fluminense, Pedro Abad, acusou o Vasco, adversário deste domingo, e o Consórcio Maracanã de descumprirem uma decisão judicial.
– O Fluminense não concorda em nada com a organização desse jogo. Não abrimos pontos de venda em Laranjeiras. Não concordamos com isso. Mas quero chamar nosso torcedor para a guerra amanhã. Quero dizer que nossos jogadores estão treinado até 1h30 da tarde, em um sol escaldante, estão se matando de treinar. E temos que ganhar o jogo amanhã. Nós vamos ganhar. Vamos para dentro. O time precisa do torcedor. Eu quero que vocês lotem aquele setor que não é o nosso, que não é ali que é o nosso lugar. Mas o time é mais importante do que essa questão amanhã. Eu estarei lá. Vamos lá para guerrear, para batalhar.
Para os torcedores do Fluminense que querem comprar ingressos para o setor norte, é preciso ir às bilheterias 1 e 4 do Maracanã. Outra opção é para ingressos do setor leste, onde fica a torcida mista.
Abad responsabiliza “as pessoas que produziram essa aberração” por prováveis confusões no clássico.
– Quero aproveitar para dizer. Se tiver confusão, se tiver briga, se tiver acidente, se tiver morte, podemos colocar a responsabilidade em cima das pessoas que produziram essa aberração. Há seis anos que temos Fluminense e Vasco jogando no Maracanã sob essas regras e duas pessoas decidiram mudar. Que arquem com as responsabilidades quando der problema. Porque nós vamos fazer essas responsabilidades sejam arcadas. Podem ter certeza disso. O Fluminense vai quente e vai para dentro se algum torcedor nosso tiver algum problema de violência por causa de desencontro de setores amanhã. Nosso corpo jurídico já está preparado para isso – encerrou Abad.
Policiamento reforçado
Comandante do Bepe (Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos), o tenente-coronel Silvio Luiz diz que há uma grande preocupação com a segurança no clássico, após tantos dias de polêmica entre os clubes. Por isso, a final da Taça Guanabara terá efetivo ainda maior do que o utilizado no Fla-Flu da semifinal. Aproximadamente 400 policiais vão trabalhar na partida.
Fonte: O Globo