Justo não foi o empate do Vasco diante do Defensa y Justicia. Pelas falhas defensivas e pelo que não produziu, até que voltar da Argentina com um 1 a 1 na bagagem não foi mau negócio, no jogo de ida das oitavas de final da Sul-Americana.

O gol fora de casa, anotado por Germán Cano, como homenagem ao compatriota Maradona, deixa o Vasco em condições de avançar em São Januário com, no mínimo, um 0 a 0. Há uma certa sensação de alívio, já que o cruz-maltino estava com dez desfalques, a maioria por Covid-19.

Se o futebol fosse justo, o time da casa até teria feito mais gols. Para o Vasco, foi bom que a rigidez do VAR funcionou na marcação de impedimentos. Só no primeiro tempo, foram três gols corretamente anulados.

O técnico Hernán Crespo, atacante que foi, chegou a ficar calejado. Pedia calma a cada bola na rede e nem foi tão efusivo assim nos lances.

Mas o que mereceu vibração, de fato, foi o gol de Cano. Pela beleza e por ter tirado o Vasco de um cenário complicado. Além da frouxidão defensiva ? que não é culpa apenas da linha de zaga e acabou gerando oportunidade para o goleiro Lucão se destacar ?, o time treinado interinamente por Alexandre Grasseli pouco conseguiu encaixar na frente.

A opção de usar Yago Pikachu mais avançado não trouxe a eletricidade necessária. Antes do gol, só uma chance tinha sido criada, mas Gustavo Torres parou em Unsain. Cano, como de costume, não precisou ser tão alimentado assim. Bastou o cruzamento de Léo Matos, na medida, para a bonita batida certeira.

Só que o Vasco não segurou o ímpeto do time da casa. Lucão nada pôde fazer diante do chute certeiro de Braian Romero. Com espaço na intermediária, ele não se intimidou e foi premiado.

Agora, o jeito é resolver a parada em São Januário, até porque avançar é importante para pretensões esportivas e financeiras do Vasco.