De todos os jogadores capazes de desequilibrar a favor do Flamengo ? e não são poucos ?, nenhum é tão desequilibrante quanto Arrascaeta. Pode parecer injusto dizer isso depois de uma partida como a deste sábado, em que o jogo coletivo funcionou tão bem e até Vitinho, sempre questionado pela torcida, deixou o Maracanã sem dar motivos para a implicância alheia. Mas é verdade. O uruguaio é a locomotiva que puxa o trem rubro-negro rumo à liderança do Campeonato Brasileiro e para o jogo contra o Racing, terça-feira, pelas oitavas de final da Libertadores.

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A vitória sobre o Coritiba foi por 3 a 1, gols de Bruno Henrique, do uruguaio e de Renê, com Matheus Oliveira descontando nos acréscimos, mas poderia ter sido muito mais elástica. O time acertou a trave de Wilson duas vezes no primeiro tempo, obrigou o goleiro a fazer boas defesas e ainda perdeu chances claras na hora da conclusão. Não fizeram falta e nem ofuscaram a atuação.

Foi um Flamengo que jogou muito bem nos contra-ataques contra um adversário que, na zona de rebaixamento, se viu obrigado a tentar o ataque, por mais que não tivesse qualidade para isso. Foi também uma equipe que trocou passes no último terço do campo com qualidade, colocando o Coritiba na roda. Quase sempre com a participação de Arrascaeta.

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No segundo tempo, seguiu o passeio. Troca de passes rápidos, infiltrações. Bruno Henrique perdeu uma penca de gols e o saldo poderia ter ido às alturas se ao menos a metade das chances perdidas tivessem sido convertidas.