Se não foi brilhante, a seleção brasileira encontrou as soluções que precisava para bater o Uruguai com autoridade nesta terça-feira. Muito diferente da monotonia do jogo com a Venezuela, o Brasil exibiu virtudes e manteve 100% de aproveitamento nas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Sob a batuta de Everton Ribeiro, do Flamengo, a vitória por 2 a 0 foi a quarta em quatro jogos, e deixa a equipe de Tite na primeira posição, com 12 pontos, três a frente do Equador. Arthur e Richarlison anotaram os gols. O Uruguai teve chances, mas não foi feliz nas finalizações e ainda perdeu Cavani, expulso.

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Agora, a seleção só voltará a atuar pelo torneio classificatório em março de 2021, contra Colômbia e Argentina.

Sem um adversário que abria mão de jogar apenas para se defender, o Brasil conseguiu se organizar de forma a construir suas jogadas por trás da segunda linha de marcação do Uruguai. Teve bom toque de bola, inversões de jogada e triangulações. Mas mesmo assim se observou uma dificuldade de penetração. Era a senha para a participação do camisa 10, que atuou o jogo todo, e bem.

Enquanto diante da Venezuela a seleção mal foi ameaçada, desta vez precisou se preocupar também em se resguardar. Desta forma, não adiantou tanto os laterais e deu aos atacantes responsabilidades defensivas nos corredores. Ainda assim, o Uruguai criou chances pelas pontas, colocou uma bola no travessão com Nuñez e finalizou com Cavani.

Mas o jogo foi aberto. Como não conseguia entrar na área para finalizar, o Brasil resolveu apostar nos chutes de média distância. Novidade na equipe, o volante Arthur aproveitou pivô de Gabriel Jesus e abriu o placar, levando sorte com desvio na defesa. A jogada começou com Everton Ribeiro pela direita. O meia teve liberdade para criar pela ponta e por dentro, e foi a principal arma para municiar o ataque.

Depois do primeiro gol, aos 33 minutos, Firmino teve chance de ampliar na sequência e desperdiçou. O Uruguai adiantou a marcação na frente para tentar se recuperar no jogo. Mas o Brasil controlou bem as ações do adversário. Os espaços apareceram na bola aérea. Renan Lodi cruzou na medida para Richarlison ampliar no fim da etapa inicial.

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Antes do intervalo, o Uruguai assustou com outra bola no travessão. O jogo com poucas chances claras de lado a lado seguiu. E premiou a eficiência. O segundo tempo foi equilibrado e com menos finalizações ainda. Acabou marcado por entrada duríssima de Cavani em Richarlison, que rendeu-lhe o cartão vermelho e sepultou as chances do Uruguai no jogo.