Pela situação, o clamor era por uma vitória em casa. Mas o Botafogo titubeou, não segurou a vantagem que construiu e viu o Bragantino virar a partida desta segunda-feira, no Nilton Santos, e vencer por 2 a 1. O resultado mantém o alvinegro na zona de rebaixamento, ainda mais pela derrota ter vindo diante de um concorrente direto.
Quando Babi abriu o placar, aos 45 minutos do primeiro tempo, a impressão era que a noite do Botafogo seria agradável. O time era melhor e tinha implementado com sucesso a marcação adiantada. Tudo caminhava para que o alvinegro fosse para o intervalo em vantagem.
Mas 30 segundos após a bola voltar a rolar, o Bragantino empatou, com Ytalo. Esse cenário remete ao Botafogo que deixou muitos pontos pelo caminho na primeira metade do Brasileirão, especialmente permitindo empates nos minutos finais. Completa desatenção.
Só que o cenário foi ainda pior porque ainda havia um segundo tempo todo pela frente.
Foi o primeiro jogo sob a gestão da família Díaz. O auxiliar Emiliano esteve à beira do campo, enquanto o pai, Ramón, ainda se recupera de cirurgia. Gritou muito, tentou dar uma cara diferente, masa nova comissão técnica vai precisar cavar mais fundo para achar riqueza. Vai dar trabalho.
As deficiências de criação ainda são muitas. De nada adiantou a aposta no 4-4-2 durante o segundo tempo, recorrendo à dobradinha Babi/Pedro Raul. As jogadas pelos lados são pouco efetivas. Pelas laterais, ao mesmo tempo, não há segurança defensiva.
Decisões da arbitragem
O segundo tempo foi marcado pelas decisões da arbitragem. O VAR entrou em ação duas vezes por jogadas na área defensiva do Botafogo. Na primeira situação, Victor Luís se jogou de carrinho para bloquear a finalização de Arthur. A dúvida: a bola bateu primeiro no braço ou na cabeça? A decisão do árbitro Rodolfo Toski foi não dar a penalidade.
Minutos depois, o árbitro assinalou pênalti, para desespero de Kanu. A alegação do zagueiro botafoguense foi que a bola tocou no braço após vir, muito próxima, do companheiro Marcelo Benevenuto. Toski tinha elementos para retroceder na marcação, mas interpretou que Kanu fez um movimento adicional e manteve o pênalti. Coube a Claudinho converter a cobrança, para desespero do alvinegro, que na próxima rodada pega o Fortaleza.
Fonte: O Globo