Hoje (29) é Dia Mundial de Combate ao AVC, o acidente vascular cerebral. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa é a segunda maior causa de mortes no mundo, ficando atrás apenas da doença cardíaca isquêmica. Dessa maneira, o intuito da data é informar a sociedade sobre os riscos dos problemas cardiovasculares e conscientizar sobre os métodos de prevenção.
No cenário de pandemia, vale mencionar que existe uma relação direta entre a Covid-19 e o AVC. Isso porque o coronavírus aumenta a coagulação do sangue e pode instaurar um quadro de inflamação no organismo, que favorece a patologia. Sendo assim, este ano os cuidados devem ser redobrados. O cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), Antônio Carlos Lopes, responde as principais dúvidas sobre o assunto e como prevenir a doença. Confira!
Saiba mais sobre o Dia Mundial de Combate ao AVC
O que é
Também conhecido por “derrame cerebral”, o acidente vascular cerebral pode ocorrer de duas formas. A primeira delas é o AVC isquêmico, que representa cerca de 84% dos casos. Acontece quando há obstrução do vaso e interrupção do fluxo sanguíneo em uma área do cérebro. Já o segundo tipo é quando há um rompimento do vaso sanguíneo, conhecido como AVC hemorrágico.
Causas
Não é possível destacar uma causa específica para essa doença, mas sim uma combinação de fatores de risco. Entre eles estão: arritmias, diabetes, pressão alta, tabagismo, alcoolismo, doenças no coração, fatores genéticos e colesterol elevado.
Sintomas
Aos primeiros sinais de AVC, é fundamental procurar socorro médico imediatamente. Isso porque o tempo é crucial no combate aos riscos e sequelas! Os sintomas mais comuns são paralisia de um lado do corpo e/ou rosto, dificuldade na fala, vertigem, desequilíbrio e alterações na visão. Especialmente quem pertence ao grupo de risco deve estar sempre alerta a qualquer um desses sintomas.
Riscos
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 100 mil pessoas morrem todos os anos de AVC no Brasil. O número é superior ao total de mortes causadas por malária, tuberculose e AIDS juntas. Além disso, o acidente também pode gerar sequelas neurológicas nos sobreviventes, como a perda de memória, paralisia facial e dificuldade em se expressar.
Prevenção
O primeiro método de prevenção contra o AVC é realizar consultas médicas periódicas, assim como os exames de rotina solicitados pelo profissional, especialmente após os 40 anos. Assim, se houver algo errado com o seu corpo, você terá mais tempo para tratar o problema.
Outra recomendação do médico é eliminar os fatores de risco por meio de um estilo de vida saudável e ativo. “O bom funcionamento do coração e do sistema vascular depende de hábitos saudáveis desde sempre, o que inclui uma alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e atividades de lazer”, explica.
Por fim, é importante evitar o uso de medicamentos sedativos ou ansiolíticos sem orientação médica, pois eles podem alterar o funcionamento do organismo.
Vale lembrar que a prevenção contra a doença não deve ser feita apenas no Dia Mundial de Combate ao AVC, mas durante o ano inteiro. O acesso à informação e a rapidez no atendimento são capazes de reescrever histórias e salvar vidas!
Consultoria: Antônio Carlos Lopes, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) | Edição: Milena Garcia e Renata Rocha
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Fonte: Terra Saúde