O Botafogo está flertando com mais uma eliminação indigesta na Copa do Brasil. O cenário ficou desfavorável com a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, no jogo de ida das oitavas de final, no Nilton Santos. Agora, o alvinegro vai precisar vencer por ao menos dois gols de diferença na Arena Pantanal, terça-feira, para se classificar sem os pênaltis.

A frustração pela derrota não é só por se dar em casa, diante de um adversário da Série B. É que o Cuiabá abriu vantagem mesmo sem contar com sete jogadores que já tinham atuado por outros times na edição atual.

– É inadmissível a gente esperar para pegar no tranco – admitiu o lateral-esquerdo Victor Luís.

O Botafogo estava há mais de uma semana sem jogar, mas, na prática, não usou o tempo para desenvolver alternativas ofensivas eficazes. A domínio de posse de bola foi em vão. O resumo do primeiro tempo foi o escanteio muito mal cobrado por Rhuan. A bola quicou antes de chegar à pequena área e saiu.

Mas é crueldade atribuir a derrota só ao que Rhuan (não) produziu. O problema foi geral. Cícero, por exemplo, foi inoperante na criação e teve problemas na cobertura dos contra-ataques.

O Botafogo não soube se desvencilhar da estratégia adversária de congestionar o meio. Isso reverberou na atuação tímida de Honda e Bruno Nazário. O japonês, para completar, ainda deu assistência às avessas. Um erro de passe na intermediária, fruto da pressão do Cuiabá no campo ofensivo, propiciou o chute certeiro de Matheus Barbosa.

Bruno Lazaroni mexeu para lá e para cá. Kevin foi uma boa alternativa, mas foi instável nos cruzamentos. Bola na área, inclusive, teve aos montes. A entrada de Matheus Babi foi importante para aumentar a pressão. Mas tanto ele quanto Pedro Raul não acertaram o pé.

Se for eliminado semana que vem, o Botafogo deixa de ganhar R$ 3,3 milhões.