Foi com a bandeira do Flamengo na camisa que o Vasco se credenciou a talvez enfrentar o arquirrival na final da Taça Guanabara. O time foi soberano contra o Resende no Maracanã, venceu a zebra por 3 a 0 e já está na decisão. Falta o time rubro-negro fazer o mesmo, quinta-feira, contra o Fluminense. Seria a decisão dos sonhos para se medir até onde a solidariedade pode se sobrepor à rivalidade entre as duas maiores torcidas do Rio.
Nesta quarta-feira, a referência inédita ao Flamengo no uniforme foi a maneira encontrada pela diretoria para homenagear os dez jogadores da base mortos no incêndio no Ninho do Urubu. A torcida rubro-negra, boa parte da vascaína, e a opinião pública em peso aplaudiram o gesto. Entretanto, correntes políticas do Cruz-maltino não gostaram. A verdade é que, tradicionalmente, os clubes não costumam se poupar. Nem nos piores momentos.
Até hoje, 27 anos depois, a principal organizada do Vasco lembra da morte de três torcedores do Flamengo que caíram da arquibancada do Maracanã, na final do Brasileiro. Dois anos depois, em 1994, foi a vez da torcida rubro-negra fazer piada com a morte do atacante Denner no clássico entre as equipes, cinco dias depois do acidente automobilístico fatal.
No Maracanã, Lucas Mineiro, Lucão (contra) e Marrony fizeram os gols vascaínos no Maracanã. O time de Alberto Valentim teve o controle do jogo, bem ao seu estilo, se expondo pouco e tentando ser preciso nos ataques. Mas a sensação que ficou é que o mais importante está para acontecer no domingo, na final. Será um teste definitivo para o futebol do time e para a humanidade dos torcedores.
Fonte: O Globo