Uma das grandes preocupações das pacientes com câncer de mama é a necessidade de fazer uma mastectomia, isto é, uma cirurgia para retirar a mama ou parte dela. Perder o seio pode diminuir a autoestima da paciente e/ou atrapalhar o tratamento da doença. E é nesse momento que entra a cirurgia de reconstrução mamária. Você já ouviu falar? Sabe em que casos ela é indicada?
A médica oncologista Ana Carolina Salles, do Grupo Oncoclínicas, ressalta que o procedimento vem se aprimorando ao longo dos anos. “Estamos na era das cirurgias de reconstrução mamária. Hoje, as pacientes submetidas a mastectomia simples, podem ter a sua mama reconstruída com próteses de silicone, caso isso anatomicamente seja viável”, comenta. Conforme a médica, essa avaliação é feita pelo mastologista experiente em reconstrução mamária ou por cirurgiões plásticos.
“É possível ter bons resultados estéticos, que ajudam na autoestima dessas pacientes e no ‘ressignificar’ o momento”, acrescenta. Ela aponta que hoje há lei que prevê o direito da paciente em tratamento do câncer de mama receber a reconstrução pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Há critérios para isso e há profissionais na linha de frente para ajudar a tratar essas mulheres”, diz Salles.
Entenda como funciona a reconstrução mamária
O procedimento
“A reconstrução mamária pode ser feita com o próprio tecido da paciente ou com próteses. A escolha vai depender da preferência da paciente e também da disponibilidade de tecido para a reconstrução”, ressalta Bruno Luitgards, cirurgião plástico.
O profissional aponta que quando a mastectomia é parcial (nodulectomia ou quadrantectomia) pode se realizar apenas o fechamento da lesão ou uma mamoplastia para a reconstrução.
Prótese
“A prótese costuma ser colocada abaixo do músculo peitoral para dar uma maior cobertura, dando um resultado mais natural e evitando problemas”,
argumenta. O médico destaca que “em casos que foi retirada bastante pele pode ser necessário utilizar um expansor (prótese vazia que vamos enchendo) para aumentar a pele e posteriormente trocar pela prótese de silicone definitiva”.
Mamoplastia
De acordo com o cirurgião plástico, após essa etapa inicial de reconstrução da mama operada, é feita a simetrização da mama não operada, com uma mamoplastia e geralmente com prótese para que as duas mamas fiquem mais parecidas.
Reposição de tecido
O especialista explica que, quando ocorre retirada de uma parte maior da mama ou em casos de mastectomia total, onde não há tecido mamário suficiente, é preciso repor o tecido para reconstruir a mama.
“Nesses casos, podemos fazer a reconstrução com uma prótese mamária ou com pele do próprio corpo, que pode vir do abdome, por exemplo”, explica. Segundo Luitgards, a opção mais utilizada é a prótese pela fácil disponibilidade de vários tamanhos.
Crédito: Revista MALU
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Fonte: Terra Saúde