A Microsoft revelou nesta segunda-feira (21) a aquisição da ZeniMax Media, empresa dona da Bethesda Softworks.
Uma das maiores desenvolvedoras de games da atualidade, a Bethesda passa a fazer parte da divisão de jogos da Microsoft e traz franquias como Fallout, The Elder Scrolls, Doom, Wolfenstein e Dishonored para o ecossistema da dona do Xbox.
Além da Bethesda Softworks, também passam a fazer parte da Microsoft as produtoras Bethesda Game Studios, id Software, ZeniMax Online Studios, Arkane, MachineGames, Tango Gameworks, Alpha Dog e Roundhouse Studios. Com a compra, a Microsoft agora conta com 23 estúdios.
“Os jogos da Bethesda sempre tiveram um lugar especial no Xbox e nos corações de milhões de jogadores em todo o mundo. Nossas equipes têm uma história estreita e histórica de trabalho conjunto, desde o incrível primeiro DOOM e seu motor id Tech inovando jogos em PCs, até Bethesda trazendo seu primeiro jogo de console para o Xbox original, o inovador The Elder Scrolls III: Morrowind“, escreveu Phil Spencer, chefe da divisão Xbox, em um comunicado.
“Ao longo dos anos, tive muitas conversas profundas com os líderes criativos da Bethesda sobre o futuro dos jogos e há muito compartilhamos visões semelhantes sobre as oportunidades para os criadores e seus jogos alcançarem mais jogadores de mais maneiras“, completou.
Ainda segundo Spencer, a aquisição trará mais franquias icônicas da Bethesda para o Xbox Game Pass de console e PC, além de título ainda não anunciados. Novos jogos da Bethesda também serão incluídos no Game Pass no dia do lançamento.
Em um post no site oficial da Bethesda, Todd Howard, diretor e produtor executivo da Bethesda Game Studios, também comentou a aquisição, destacando que longa história de parceria entre a Bethesda e Microsoft como uma das motivações da compra do estúdio.
“Assim como nossa parceria original, esta é sobre mais do que um sistema ou uma tela. Compartilhamos uma profunda crença no poder fundamental dos jogos, em sua capacidade de conectar, fortalecer e trazer alegria. E a convicção de que devemos levar isso a todos – independentemente de quem você seja, de onde more ou do que jogue. Independentemente do tamanho da tela, do controlae ou de sua capacidade de usar um“, escreveu.
“Não podemos pensar em um grupo melhor de pessoas para fazer isso do que aquelas na Xbox. Temos amizades que remontam àqueles dias originais. De Phil a seus líderes seniores e suporte ao desenvolvedor, eles não só falam em colocar os jogadores em primeiro lugar, eles vivem isso com paixão“, pontuou Howard.
Em uma postagem paralela, Pete Hines, vice-presidente de relações públicas e marketing da Bethesda Softworks, também exaltou a proximidade entre as duas companhias como motor da decisão, e afirmou que isso deverá trazer ainda mais recursos para a Bethesda continuar trabalhando em novos jogos no futuro.
“Então, por que a mudança? Porque nos permite fazer jogos ainda melhores daqui para frente. A Microsoft é um parceiro incrível e oferece acesso a recursos que nos tornarão melhores editores e desenvolvedores. Acreditamos que isso significa melhores jogos para você jogar. Simplificando – acreditamos que a mudança é uma parte importante para melhorar. Acreditamos em nos esforçar para sermos melhores. Inovar. Crescer“, escreveu.
Hines, no entanto, destaca que a empresa continuará sendo a “Bethesda”, o que significa que continuará trabalhando nos mesmo jogos em que está trabalhando e que “estes jogos serão publicados por nós“.
Segundo a apuração de Jason Schreier, jornalista da Bloomberg, a aquisição foi negociada no valor de US$ 7,5 bilhões. O valor é a maior aquisição da história na indústria dos games e três vezes superior ao que a Microsoft pagou pela aquisição da Mojang Studios, produtora de Minecraft, em 2014.
Fonte: The Enemy