Vasco e Botafogo se juntaram ao posicionamento do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que através das suas redes sociais disse que seu time não entrará em campo pelo Brasileirão caso a volta do público nos estádios aconteça apenas no Rio de Janeiro. A Prefeitura da cidade, em parceria com a Ferj, trabalha pela liberação de torcedores a partir de 4 de outubro, no jogo entre Flamengo e Athletico, embora o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, tenha estendido a proibição de eventos com presença de público até 6 de outubro.

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Através de sua assessoria de imprensa, o cruz-maltino disse que “para se liberar torcida, deve se liberar em todo território nacional, pois não se pode criar um desequilíbrio esportivo”.

Já o presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, defendeu o “princípio da isonomia” nas competições:

? É uma discussão que precisa contemplar o coletivo, ou seja, todos os clubes e os cenários vivenciados em todo o país, sob os mesmos critérios. É imprescindível que haja o respaldo dos órgãos de saúde e que ocorra sem açodamentos ? disse Murrafej.

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O posicionamento da dupla carioca endossa o argumento de Sanchez, que alega que haverá um favorecimento àqueles clubes que puderem jogar diante de seus apoiadores.

No Corinthians, Andrés Sanchez deixou explodir a dívida com a União. Foto: Nacho Doce / Reuters
No Corinthians, Andrés Sanchez deixou explodir a dívida com a União. Foto: Nacho Doce / Reuters

 

Já o Flamengo não quis se pronunciar oficialmente sobre o assunto, mas em entrevista coletiva neste sábado, o vice-presidente de futebol Marcos Braz deu a sua opinião e discordou do cartola do Corinthians:

? É na contramão da essência do futebol não ter público, desde que com segurança. Acho que o Andrés está errado nesse processo, a preocupação tem que ser em relação à segurança. Nas cidades que estão aptas a receber públicos, estão recebendo, em outras cidades, não estão recebendo. Não tenho dúvida de que é outra atmosfera com o publico empurrando, ainda mais a torcida do Flamengo, que cobra, fica em cima ? disse Braz, deixando claro que o assunto é tratado diretamente como presidente Rodolfo Landim.

 

Também procurado, o Fluminnse disse que aguarda uma posição da CBF. A entidade não compareceu à reunião realizada na última sexta-feira para debater o assunto, e permanece em silêncio. Apesar de ter sido aprovada pelas autoridades, a volta dos torcedores para as arquibancadas ainda precisa passar pelo aval da confederação.

De acordo com o “Uol”, a CBF entrou em contato com alguns clubes com intenção de marcar uma reunião de urgência, ainda sem data, para tratar do assunto.

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No encontro que aconteceu no Riocentro, Zona Oeste do Rio, autoridades municipais, estaduais e até federais se posicionaram a favor da volta de um terço do público aos estádios cariocas. Após o anúncio do prefeito Marcelo Crivella sobre a decisão, Sanchez se pronunciou em sua conta oficial do Twitter:

“O Corinthians só aceita a volta do público aos estádios se todos os times da Série A tiverem a mesma oportunidade, independente do estado ou cidade. Se não forem as mesmas condições pra todos não entraremos em campo” escreveu o presidente do clube paulista.