O Fluminense irá anunciar, nos próximos dias, a transferência de Marcelo Pitaluga para o Liverpool. O clube aceitou a oferta de 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões) pelo goleiro de 17 anos. A venda da cria de Xerém não estava nos planos da diretoria, que via potencial para destaque no time profissional. Mas a necessidade de fazer receita pesou na decisão. Além de lamentar, a torcida espera que sua saída ao menos alivie o caixa e impeça outras perdas. Mas não será bem assim.
No orçamento para este ano, a previsão com vendas de jogadores é de R$ 70 milhões. Os tricolores ainda estão longe de atingir esta meta. As transações realizadas totalizam R$ 29,15 milhões.
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O Fluminense já se desfez de cinco atletas em 2020. A ida de Gilberto para o Benfica (POR) rendeu R$ 9,45 milhões. Já a de Evanilson para o Porto (POR), R$ 13,5 milhões. As outras três (do lateral-esquerdo César e dos atacantes Ramon e Macula) não tiveram custos de transferência, mas o clube manteve um percentual dos direitos.
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Prestes a se tornar o sexto da lista, Pitaluga pode render ainda mais 1 milhão de euros. É que o contrato com o Liverpool prevê bônus se algumas metas forem atingidas pelo goleiro. Ainda assim, não é suficiente para suprir a necessidade de vendas. Neste caso, o total chegaria a R$ 35 milhões, a metade do orçado.
A diretoria não esconde que as dívidas são muitas e as receitas, que já eram poucas, foram impactadas pela Covid-19. O raciocínio aqui é: ao negociar um atleta, o Fluminense deixa de contrair um empréstimo no banco. Com isso, evita aumentar o endividamento.
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O presidente Mário Bittencourt considera Marcos Paulo a bola da vez. Segundo ele, o atleta e seus representantes já sinalizaram que gostariam de uma transferência ainda este ano. Mas até o momento não apareceu nenhuma proposta considerada aceitável.
Toda esta fragilidade só aumenta a indignação da torcida. Nesta sexta, manifestantes estenderam faixas na frente da sede de Laranjeiras. Numa delas, o termo “Outlet?, usado no comércio para se referir a liquidações.
Fonte: O Globo