O contêiner onde morreram os dez atletas do Flamengo no incêndio da última sexta-feira era utilizado como academia pela base antes de se tornar alojamento, segundo pessoas que trabalham e passaram pelo clube nos últimos anos ouvidas pelo GLOBO. Ele também serviu como sala de descanso para o time profissional.
A nova função para a estrutura foi determinada após a criação, entre 2015 e 2016, do Centro de Excelência em Performance, uma área maior, também em contêiner, para uso dos jogadores profissionais e das categorias inferiores. O local abrigava uma academia de melhor nível, dividida por todo o departamento de futebol.
Os contêineres novos, mais amplos, usados como academia, foram desmontados quando da inauguração dos módulos 16 e 17, mais modernos e em alvenaria, em 2016. A base, no entanto, seguiu utilizando as estruturas provisórias.
Antes da ampliação dos contêineres, o vestiário do profissional era um galpão com compensado de madeira. A partir da chegada das novas estruturas, foi feito um vestiário para o profissional e um para o sub-20 com o novo material.
Ao longo dos últimos anos, houve melhoria nos alojamentos em geral. Desde que os meninos da base passaram a treinar no Ninho do Urubu, em 2006, parte deles se hospedava no local. Inicialmente, a área para eles dormirem também era precária, em uma casa de alvenaria. Os primeiros contêineres usados para este fim, desde 2010, eram menores e ficavam em local próximo ao refeitório, em dois andares, com uma escada de acesso a um segundo piso.
A evolução das estruturas desembocaria no fim das instalações provisórias em breve. Em poucos dias, os jovens iam para o módulo 16 e 17, usado pelo profissional até o ano passado, em estrutura moderna, como um hotel cinco estrelas.
Fonte: O Globo