Haverá muitas histórias em jogo no confronto entre Fluminense e Vasco, às 19h, no Maracanã. A de Marcos Paulo e Talles Magno, os pratas da casa que tentam recuperar a boa fase de outros tempos. A de Michel Araújo e Benítez, os gringos que, aos poucos, conquistaram um espaço no meio de campo e chegam ao clássico em seus melhores momentos. Mas nenhuma delas atrai tantos holofotes quanto o duelo particular entre Nenê e Germán Cano.
Não é para menos. Os dois estão entre os artilheiros do Campeonato Brasileiro e são os goleadores de suas equipes na temporada. Se houver gol no Maracanã, a probabilidade de a bola ter saído dos pés da dupla é grande.
Os 15 gols de Nenê em 2020 equivalem à soma dos marcados pelos três jogadores que estão em seguida na lista de artilheiros do Fluminense no ano: Evanilson (sete), Marcos Paulo (cinco) e Luccas Claro (três).
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No Vasco, a disparidade é ainda maior. Somados, todos os gols marcados pelos demais jogadores não chegam ao número de vezes que Cano balançou as redes. São nove contra 12.
Este dado lança luz para a importância do argentino, mas também escancara a dependência da produção ofensiva cruz-maltina em relação a ele: 57,1% dos gols do time foram do camisa 14.
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No Fluminense, a “Nenêdependência? não chega a este patamar. Os gols do meia equivalem a 35,7% dos 42 da equipe. Nos quatro últimos jogos, no entanto, ele foi responsável por seis dos sete marcados. Com um detalhe: o único não feito pelo camisa 77 neste período foi contra e registrado num jogo em que ele ficou no banco (contra o Athletico), o que sugere um time refém de seus chutes no esquema atual.
Há muitas diferenças na forma como cada um cumpre sua função. A começar pelo posicionamento. Cano é o homem mais à frente. Já Nenê flutua por trás dos atacantes. Embora pareça óbvia, essa distinção se reflete no setor do campo onde cada um é mais perigoso. Todos os gols do argentino saíram de finalizações de dentro da área. Já os do meia são mais distribuídos: 10 foram marcados na área e cinco saíram de finalizações no entorno da meia-lua.
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Como se espera de um centroavante, Cano é o homem do último toque. Algumas vezes, seu maior mérito é saber estar no lugar certo para concluir a jogada dos companheiros. Até por isso, a maioria de seus gols (11) foram com a bola rolando.
? Acho que é uma arma forte nossa. O Germán Cano é o nosso matador. E todos esperam muito dele. Mas a bola tem que chegar inteira para que possa finalizar ? comentou o volante Andrey.
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Mais afastado do gol, Nenê acaba se destacando pelo chute mais colocado, que tira as chances de defesa do goleiro. A Quantidade maior de gols marcados de dentro da área se deve ao fato de ele ser o cobrador de pênaltis da equipe. Um talento que também merece ser destacado: não perdeu nenhuma das sete cobranças no ano.
? Ele, junto com outros jogadores, fica após o treinamento praticando (finalizações). Aí, acontece no jogo e é premiado com tudo isto ? disse o técnico Odair Hellmann.
Fonte: O Globo