Havia a curiosidade sobre como o atual Botafogo se comportaria em jogos como o de ontem. As boas atuações contra Atlético-MG e Flamengo empolgaram, mas não deixavam claro se mudariam contra equipes de menor investimento. Diante do Paraná, em Curitiba, a vitória por 2 a 1 mostrou um Alvinegro que não troca a forma de jogar contra quem quer que seja. O prêmio foi a vaga garantida para a quarta fase da Copa do Brasil.

Antes, uma crítica. Kevin foi agarrado na área logo no início do primeiro tempo e o pênalti não foi marcado porque o VAR não está disponível nesta fase ? entra a partir das oitavas. Caso fosse convertido, o cenário da partida dificilmente seria o mesmo. A ferramenta também seria necessária mais para frente…

No lugar da tranquilidade, veio a pressão de quem enfrenta um adversário que precisa do resultado. Diferentemente dos jogos anteriores, o Alvinegro deu muito espaço pelo meio, principalmente nas costas de Honda, setor facilmente explorado pela velocidade do Paraná.

Autuori manteve a sua ideia de jogar reativo e nos contra-ataques graças a Gatito Fernandez. O goleiro fez ao menos três grandes defesas no Durival de Britto. A mais clara delas, quando defendeu chute a queima roupa de Andrey e abafou o rebote.

O Botafogo não foi brilhante, mas passou a sensação de que poderia marcar a qualquer momento. E assim foi feito. Quando Benevenuto subiu mais que a defesa paranista para abrir o placar, a classificação foi definida.

O Paraná até empatou com Thales ? em lance irregular devido a um toque de mão no lance ? mas a ausência do VAR não alterou o classificado. No fim, Danilo Barcelos garantiu a vitória, de pênalti.