Se é possível dizer que a paralisação do futebol trouxe algum benefício para o Fluminense, ele foi conhecido na noite desta terça. Com mais de cinco meses de intervalo entre um jogo e outro, o tricolor que entrou em campo para o duelo de volta contra o Figueirense foi um time que já não estava mais abalado pela derrota (1 a 0) na primeira partida. Mais do que isso: foi uma equipe muito mais adaptada à proposta de seu treinador. A fácil vitória por 3 a 0 mostrou que o temor da eliminação precoce, no fim, não se justificava mais.

Indiividualmente, Nenê também foi um dos maiores beneficiários desta pausa. Prejudicado em vários jogos pela insistência de Odair Hellmann em escalá-lo na ponta direita, o meia teve tempo para mostrar que rende muito mais centralizado. Soberano ali no meio, comandou a vitória com os três gols da noite.

Aos 39 anos, o meia segue com sua temporada de artilheiro. Agora, soma 15 no ano. É com sobras o maior goleador da equipe em 2020. Seu número de gols equivale a soma dos marcados pelos três que vem abaixo dele na lista de goleadores do Fluminense na temporada (Evanilson, com sete, Marcos Paulo, com cinco, e Luccas Claro, com três).

Garantido na quarta fase, o Fluminense assegurou mais R$ 2 milhões em premiação. E aguarda a definição do próximo adversário, que sairá de sorteio.