A diretoria do Flamengo, capitaneada pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, reúne-se na manhã deste sábado, na Gávea, onde foi montado um gabinete de crise em busca de respostas para a tragédia de sexta-feira, no Ninho do Urubu. Com eles, também está o secretário nacional de Esportes, Marco Aurélio Vieira.
Até o momento, a única manifestação pública de Landim foi um pronunciamento em que classificou o incêndio que matou dez adolescentes no CT como “a maior tragédia da história do clube”. Ele não respondeu a perguntas da imprensa.
O gabinete de crise que se reúne na sala do presidente envolve o diretor administrativo da Gávea e do CT, Marcelo Hellmann. Ele tem sido ouvido desde a sexta-feira.
No dia da tragédia, a direção do clube priorizou o auxílio às famílias das vítimas. Muitas delas moravam fora do Rio e tiveram suas viagens e hospedagens bancadas pelo clube. No fim da tarde de ontem, quando aconteceu o primeiro encontro do gabinete de crise, Landim afirmou a seus pares que “não existe ‘não'”, ou seja, que o clube atenderia a todos os pedidos dos familiares.
O Flamengo mobiliza também todo o seu departamento juridico para auxílio às famílias e levantamento de documentação.
Landim assumiu a presidência do Flamengo em janeiro, depois de seis anos da gestão Eduardo Bandeira de Mello. Este primeiro momento tem sido de apuração interna. É possível que uma entrevista coletiva seja realizada ainda neste sábado, a depender do resultado da reunião na Gávea.
Até o momento, quatro vítimas foram identificadas pelas famílias no IML: Arthur Vinícius, Pablo Henrique, Victor Isaías e Bernardo Pisetta. Mas apenas os dois primeiros tiveram seus corpos liberados. Ainda não há informações sobre velório, provável transferência dos corpos para a terra natal dos meninos e enterro.