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Alergia a bijuteria: o que causa, sintomas, como evitar e tratamento



Mulher mostrando acessórios como colares e anéis
Mulher mostrando acessórios como colares e anéis

Foto: Shutterstock / Alto Astral

Você escolhe um look perfeito para determinada ocasião, e combina cada acessório para fazer bonito. Só que, depois de alguns minutos, começa a sentir uma coceira pelo corpo e várias bolinhas vermelhas surgem na pele. Só quem já sofreu com alergia a bijuteria sabe o que isso significa.

Brincos, pulseiras, colares e anéis, dependendo do tipo de material pelo qual são produzidos, podem causar lesões a derme, prejudicando a saúde do organismo. O principal responsável por esse problema é o níquel, um dos componentes presentes na fabricação das peças. Outros elementos também podem colaborar para agravar a situação, como o cromo e o cobalto.

É importante evidenciar que alergia a bijuteria é diferente de irritação. A primeira tem efeitos muito mais prejudiciais, sendo que, em contato com determinadas substâncias, a intensidade e recorrência do problema pode piorar. Enquanto que a segunda é mais leve, ocorrendo em ocasiões específicas, como, por exemplo, quando mexemos com ácidos.

Além disto, a irritação se limita à área em que houve proximidade, enquanto que, com as alergias, os sintomas extrapolam a região afetada. É uma resposta do sistema imunológico a alguma ação que tenha causado hipersensibilidade. Esse tipo de distúrbio é conhecido como dermatite de contato.

Sintomas da alergia a bijuteria

Alguns sintomas mais comuns são a vermelhidão da região, coceira incessante, bolinhas avermelhadas, irritação, eczemas (pequenas lesões), inchaços, descamação da pele e, em casos mais graves, pode evoluir para infecções e sangramentos. No caso da alergia de contato a bijuterias e joias os locais mais acometidos são os olhos, a orelha, o pescoço e os braços.

Por que ocorre?

Muitas pessoas já apresentam uma predisposição para esse tipo de alergia, “isso está na constituição genética do indivíduo, e os problemas podem surgir desde a primeira vez que você colocar o acessório ou depois de vários usos”, explica a dermatologista Ana Carolina Lage.

Porém, existem outros fatores que colaboram para o aparecimento de maiores lesões. Além da pele ressecada, que é mais sensível, e o tempo de exposição ao material, o local de contato também influencia, já que a pele menos espessa, como das pálpebras e orelha, é mais suscetível à alergias.

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), mostrou que de 1.208 pacientes testados, 404 (33,5%) apresentaram alergia a um ou mais dos metais das bijus como níquel, cobalto e cromo.

Como evitar alergia a bijuteria

Se levarmos ao pé da letra, qualquer material pode causar alergia, isso depende muito de pessoa para pessoa. Mas algumas substâncias apresentam maior grau de rejeição a pele, como o níquel, o zinco, o cromo e o cobre.

Todavia, outros, como ouro e prata possuem menor probabilidade de reação. Fique atenta à origem e fabricação do acessório. Uma dica é buscar itens mais puros, de industrialização reconhecida. Ou, ainda, que tal investir em peças folheadas? Elas também são uma alternativa que inflige menos a pele.

Outras ideias são as chamadas bijuterias nickel-free, que são feitas com aço inoxidável ou alumínio. Existem outras opções que também não utilizam metal, como os acessórios feitos de pedras, vidro, fibras e tecidos. Pulseiras e colares produzidos com cordões e pequenos pingentes podem provocar menos reação.

Inspire-se nas tendências dos maxicolares! Com elas, novas formas de usar bijuteria surgiram, incluindo o uso do acessório por cima da roupa. Você pode se enfeitar de outra maneira, caso nenhuma das alternativas tenha dado certo, como tiaras, lenços e presilhas, dando atenção as partes do corpo que não ganham maior destaque no dia a dia.

Existe tratamento?

De um modo geral, para ocorrer um problema menor, evite o contato com o material ou com a substância que provoca a irritação. “Quando sentir alguma reação estranha ao usar o acessório, a pessoa deve retirá-lo imediatamente e, caso o sintoma persista, procura um dermatologista”, discorre Ana.

O tratamento vai depender de pessoa para pessoa, além da situação da enfermidade. Em alguns casos, após consultar um especialista, pode ser recomendado o uso de anti-histamínicos e corticoides. É importante não coçar a região, assim não ocorrendo risco de maiores descamações.

Fique longe dos raios solares pois o calor pode provocar uma piora na condição. E cuidado com tratamentos caseiros! Passar esmalte no brinco não é uma solução comprovada cientificamente, podendo gerar diferentes manifestações.

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Alto Astral

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Fonte: Terra Saúde


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