O cenário competitivo brasileiro está longe de ter oportunidades iguais para pro players do gênero feminino.
Há muito tempo, as mulheres batalham contra falta de oportunidades, contratos amadores, apoio da comunidade geral e diversas outras batalhas que são só a ponta do iceberg do que é ser mulher na sociedade de hoje.
No entanto, um pequeno – mas importante – passo será dado hoje no League of Legends. Gabriela “Harumi” Gonçalves foi escalada pela Rensga Esports para a partida de hoje do Circuito Desafiante contra a Falkol, às 21h. No Brasil, será a primeira mulher a disputar um campeonato oficial da Riot Games desde a concepção do cenário nacional, em 2012.
Antes de Harumi, outras jogadoras chegaram perto de estrear, mas não foram a campo por opção de suas equipes, ou decisões pessoais de se afastar do cenário competitivo. Veja alguns exemplos:
Revy (KaBuM Black)
Geovana “Revy” Moda é pouco lembrada hoje em dia, mas foi a primeira jogadora a ser inscrita no CBLoL, na Primeira Etapa 2015. Foi apresentada por conteúdos da equipe e VTs feitos pela Riot Games (e que não foram publicados no canal do LoL Esports BR na época). Não teve oportunidades para jogar, e saiu da equipe em julho, após a equipe terminar na lanterna da competição. Se afastou do cenário competitivo logo depois.
Mayumi (INTZ)
Júlia “Mayumi” Nakamura teve sua primeira oportunidade na Superliga ABCDE de 2019, na posição de Suporte. Com atuações regulares no campeonato, foi inscrita no CBLoL 2020 – Primeira Etapa, e muitos acharam que era questão de tempo para Mayumi ter sua oportunidade na elite do LoL brasileiro. No entanto, após não participar dos treinos da equipe, a jogadora saiu da organização no final de maio em meio a processos de assédio moral e falta de oportunidades. Atualmente, está sem equipe.
Cute (CNB e-Sports Club)
Julia “Cute? Akemi fez parte das categorias de base da CNB em 2017, e foi a primeira mulher a ser escalada para a disputa da Superliga ABCDE no final daquele ano, como mid laner. Sua escalação gerou grande repercussão na mídia, mas os comentários negativos também chegaram na mesma quantidade, principalmente após a derrota por 2-0 para a ProGaming. Isso afastou a jogadora do futuro como pro player, e atualmente ela se dedica às streams.
Yatsu (INTZ)
Tainá “Yatsu” Santos surgiu junto com Mayumi no Projeto Sakuras, que visa dar oportunidades e revelar jogadoras para o cenário competitivo. Foram contratadas juntas pela INTZ em 2019. Yatsu, no entanto, não teve oportunidades na Superliga, e não foi inscrita pela organização para o CBLoL 2020. Assim como Mayumi, Yatsu não participou dos treinos da equipe no ano. Atualmente, segue na INTZ, mas com o status de “inativa”.
O jogo de estreia de Harumi acontece hoje às 21h contra a Falkol, e será transmitido nos canais da Riot Games no YouTube e Twitch TV. Demonstre seu apoio e seja respeitoso no chat e nos comentários. Lugar de mulher também é no cenário competitivo!
Fonte: The Enemy