A foto que o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, postou nas redes sociais na última sexta-feira veio carregada de enigmas, brincadeiras e ansiedade. A imagem dos passaportes do Brasil e de Portugal lado a lado mostra que o Rubro-Negro está de volta ao mercado e busca um novo treinador. A ideia é fechar ? sem afobação ? com alguém “ao estilo Jesus” para aproveitar o mês de paralisação antes do Brasileirão. Mas a viagem só acontecerá em caso de uma reunião ser agendada.
Trazer “um novo Jorge Jesus” é o objetivo, mas não pela grandeza do nome ou nacionalidade portuguesa. A diretoria quer alguém que tenha características de trabalho parecidas com a do ex-treinador para que não ocorra uma quebra dura e a necessidade de readaptação. Ou seja, não será status ou um currículo que definirá a escolha. Conversas devem ser iniciadas com os dirigentes ainda no Brasil.
Não faltam nomes sendo oferecidos a Braz e Bruno Spindel, diretor executivo do Flamengo, o que torna a tarefa de peneirar ainda mais necessária. Uma reunião está programada para traçar uma estratégia antes do início das negociações. Até o momento, nenhuma proposta oficial foi enviada pelo Rubro-Negro.
Inicialmente, dois nomes lideravam as preferências das alas da diretoria. O espanhol Miguél Ángel Ramírez, do Independiente del Valle, é o favorito do vice de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Já o português Marco Silva, ex-Watford, era o preferido de Marcos Braz. Porém, a repercussão negativa dos torcedores sobre este nome fez o interesse diminuir.
Posteriormente, o nome do luso-venezuelano Leonardo Jardim ganhou força. A vivência europeia e as boas passagens por clubes do continente o colocaram como um dos mais cotados. Jardim, porém, prioriza a Europa por questões familiares. Atualmente, ele está livre no mercado. Circulou o boato de que o treinador passou a seguir o clube após a saída de Jorge Jesus, mas o “follow” é de muito antes.
Sobre os passaportes de Braz, tudo indica que uma viagem deve acontecer nos próximos dias, mas depende do agendamento de reuniões. Por que Portugal? Pois Lisboa se transformou em uma espécie de quartel general do Flamengo na Europa.
Os dirigentes gostam da capital por diverssos fatores: desde a facilidade para se locomover para outros países até ao baixo custo comparado a outras capitais europeias. Quando negociava com Mario Balotelli, por exemplo, a operação foi parecida.
Antes, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é esperado no Rio para assinar com Jorge Jesus.
Fonte: O Globo