Mais do que um termo da moda, o “novo normal? diz respeito a uma série de mudanças no comportamento que a sociedade precisa adotar ao menos até que surja uma vacina para a Covid-19. O futebol não escapa. E os jogadores do Fluminense foram os primeiros no país a experimentar o que deve ser uma tendência este ano: ser campeão sem a torcida no estádio.

De tão enraizado, um velho hábito foi mantido. Assim que receberam o troféu da Taça Rio, os atletas correram em direção à arquibancada para erguer a taça. O gesto adquiriu uma conotação de homenagem aos ausentes.

? Partiu do Odair poder celebrar onde teoricamente os torcedores estariam. E fomos comemorar ali até para agradecer pela torcida que estava acompanhando em casa ? contou Yago.

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Aos 13 anos, o volante estava justamente do outro lado. Foi levado pelo pai para assistir a um Fla-Flu da arquibancada do Maracanã. Aos 25, realizou o sonho de adolescente. Mas não exatamente como sempre imaginou.

?Era um sonho disputar essa final, um Fla-Flu. Mas com as condições normalizadas. Porque é uma festa bonita da torcida. Tanto incentivando durante o jogo como comemorando o título. Poder comemorar perto deles e com a família dentro do campo seria muita felicidade ? afirmou. ? Foi bom, mas poderia ter sido melhor.

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Fla-Flu, Maracanã e decisão são ingredientes que permeiam o sonho da maioria dos jogadores. Principalmente daqueles que nunca tinham sido campeões como profissionais, como o zagueiro Nino.

? Fico muito feliz com meu primeiro título como profissional, ainda mais no Maracanã. Mas senti falta de poder comemorar com a nossa torcida. Tenho certeza de que o nosso lado seria uma festa total e isso tornaria a conquista mais especial. Se tudo estivesse normal, se a pandemia nunca tivesse existido, seria extraordinário, uma festa muito legal.

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Na quarta, não será diferente. Fla ou Flu festejaram diante do silêncio das arquibancadas. Aos poucos, os jogadores vão se acostumando ao “novo normal?.

? Na hora do jogo a gente está mais concentrado em fazer tudo ali da melhor maneira possível e dificilmente presta atenção no grito da torcida. Mas ela faz muita falta. Seja no grito de gol, seja após uma dividida que você ganha e sente a galera vibrar, sente aquele incentivo… Isso faz diferença ? completou Nino.