O Fluminense surpreendeu o favorito Flamengo e conquistou a Taça Rio, nesta quarta-feira, no Maracanã sem público. Com a tática de neutralizar o jogo do Rubro-Negro, muitas vezes apático em campo, o Tricolor empatou no tempo normal por 1 a 1, venceu nos pênaltis por 3 a 2, graças a Muriel, e adiou o fim do Carioca.
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Agora, as duas equipes voltam a campo no próximo domingo, dia 12, e na quarta-feira, dia 15, para definir o campeão de 2020. O Flamengo, por ter melhor campanha, optou por ter o mando de campo do segundo jogo. As partidas serão sem público, segundo a ferj anunciou recententemente, e não haverá vantagem de empate para ninguém.
Na temporada de 2020, encurtada por causa da pandemia, o Flamengo só havia sofrido um revés, justamente diante do Fluminense, no início da Taça Guanabara. Ali, o cenário era outro. O time principal, campeão brasileiro e da Libertadores, teve férias estendidas e os juniores foram a campo na derrota por 1 a 0, com gol de Nenê.
Nesta quarta-feira, o melhor do Flamengo estava em campo. Do outro lado, o Tricolor com menos de um mês de treinamentos e ainda em busca do seu estilo de jogo.
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Porém, um Fluminense extremamente aplicado na marcação conseguiu reduzir os espaços e impedir a intensidade do Rubro-Negro no primeiro tempo.
A estratégia cobrava um preço. Ao optar pela marcação cerrada, o Tricolor não tinha saída de bola rápida para aproveitar os contra-ataques. Foram constantes os buracos no meio-campo sem ter quem levasse o time à frente. A maioria estava na marcação ou não tinha fôlego para fazer os dois.
Ainda assim, a outra aposta tricolor deu certo: as bolas paradas. Mesmo com dificuldades de se infiltrar na defesa adversária, o time ficou cara a cara com Diego Alves duas vezes. Ambas com Gilberto, que perdeu a chance na primeira, mas aproveitou a falha da defesa do Flamengo, subiu mais alto e cabeceou para o gol : 1 a 0.
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No segundo tempo, o Flamengo foi se soltando ao passo que o Fluminense cansava. A falta de fôlego obrigou o técnico Odair Helmann a fazer substituições. Uma ou outra chegada mais incisiva do Rubro-Negro começava a assustar o goleiro Muriel. Se o quarteto ofensivo do Flamengo deixava desejar, a entrada de Pedro e Michael deu ânimo novo à equipe de Jorge Jesus. Deram espaço para os dois e numa jogada iniciada por Michael, Filipe Luís cruzou na medida para Pedro, aos 32, cabecear livre para empatar.
A poucos minutos do fim da partida, o caminho estava mais para o segundo gol do Flamengo ou a disputa de pênaltis do que uma vitória do Tricolor.
Nas cobranças das penalidades, Muriel e Diego Alves apareceram. Ambos pegaram as segundas cobranças dos adversários, de Dodi e Arão, respectivamente. Léo Pereira isolou a bola; na sequência, Diego Alves defendeu a cobrança de Michel Araújo. A bola ainda bateu no travessão e no chão. Pedro fez e igualou. Fernando Pacheco colocou o Flu novamente em vantagem.
O título estava nas mãos de Muriel. Se pegasse a cobrança de Rafinha, o Tricolor poderia comemorar. O goleiro caiu no canto certo e saiu para comemorar.
Fonte: O Globo