Coube ao corintiano Baltazar a honra de ser o primeiro camisa 9 da seleção brasileira, há 70 anos. Na época, estreia do Brasil na Copa do Mundo de 1950, contra o México, não se discutia a falta de um camisa 9, não se pensava estrategicamente no falso 9, e nem se sabia que a camisa entraria na história da seleção brasileira, atrás, talvez, só da 10 de Pelé. De Baltazar a Richarlison, foram 128 jogadores que a usaram, e O GLOBO traz levantamento inédito com os nomes que mais jogaram.
Você não está errado se associar Ronaldo à camisa 9. Ele foi o 87º jogador a vesti-la, e é de longe o que mais o fez: foram 97 jogos no total, incluindo duas finais de Copas do Mundo, uma vencida, outra perdida. Ronaldo tem algo que Pelé não tem: por duas décadas diferentes, foi o que mais vestiu: 50 vezes na de 90, 46 na primeira do novo século. Assim como o Rei, que domina a 10, Ronaldo ainda usou a 9 em uma terceira década, a atual. Em seu jogo de despedida, contra a Romênia no Pacaembu em 2011, o Fenômeno foi 9 pela primeira vez.
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Se há um responsável pela identificação do 9 como um centroavante com capacidade de incomodar os adversários, porém, o título, por uma questão temporal, vai para Careca. Líder até o surgimento do Fenômeno, Careca era a cara do número quando atuava pela seleção. Foram 43 jogos.
Em breve, porém, Careca deve ser ultrapassado na vice liderança por Gabriel Jesus, que tem 38 partidas com a 9. O jogador do Manchester City, querido por Tite, deve seguir tendo oportunidade de substituir Ronaldo, algo que seus antecessores tentaram sem sucesso. Do Fenômenos para cá, já passaram Adriano (10º, 19 jogos), Fred (6º, 27 jogos) e Luis Fabiano (4º, 37 jogos).
Nomes curiosos não faltam na lista dos 128. Se na época de Leônidas da Silva a seleção não tinha numeração, o atacante Leônidas “da Selva” a vestiu seis vezes na década de 1950. Eternizado no Botafogo com a 7, Túlio Maravilha vestiu a 9 da seleção… 7 vezes. Entre os que vestiram a 9 apenas uma vez para nunca mais, nomes consagrados com outros números. Como Romário, o 11 do Tetra, Djalminha, um clássico 10 – o 100º a vestir a 9 -, e o maior de todos, Pelé, que vestiu “a do Ronaldo” em oportunidade única. Entre os contestados, ninguém ganha da “invenção” de Dunga, Afonso Alves, na frente de muita gente na lista, com duas atuações.
Fonte: O Globo