O presidente do Vasco, Alexandre Campello, viu um lado positivo no fato de que os testes conduzidos pelo clube tenham diagnosticado 16 jogadores com coronavírus. A parcela do elenco sem Covid-19 voltou a São Januário nesta segunda-feira para iniciar os trabalhos de recondicionamento físico. O clube não divulgará os infectados.

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– As pessoas estão fazendo um alarde, dizendo que é absurdo. Pelo contrário. Isso aí mostra mais ainda que estamos com razão. As pessoas não estavam vindo (ao clube) e estão se contaminando. Elas estando aqui, a gente controla, orienta, tira do contato. Estamos prestando um grande serviço à saúde pública – afirmou Campello ao GLOBO.

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O dirigente chegou a São Januário pela manhã, mas não teve contato direto com os integrantes do futebol. O zagueiro Ricardo Graça registrou imagens do campo nas redes sociais. O nutricionista do clube, Paulo Cavalcanti, mostrou o túnel de desinfecção pelo qual passou na chegada ao clube.

Túnel de desinfecção em São Januário Foto: Reprodução/Instagram
Túnel de desinfecção em São Januário Foto: Reprodução/Instagram

O Vasco examinou aproximadamente 250 pessoas. Foram 350 testes, envolvendo mais de 100 famílias. Isso abrangeu jogadores, comissão técnica e funcionários ligados ao futebol. Prestadores de serviço dos jogadores e outras pessoas que convivem com eles entraram na testagem. Além dos 16 jogadores com vírus ativo, outros três já tiveram a doença e estão curados.

O número de contaminados foi o maior registrado em um clube do Rio até agora. No Flamengo, houve um momento em que três jogadores estavam com vírus ativo e outros dois já curados após contágio. Com os resultados, os dirigentes precisam repensar a data-alvo para volta do Estadual. Na semana passada, uma parcela tinha como alvo 14 de junho.

São Januário Foto: Reprodução/Instagram
São Januário Foto: Reprodução/Instagram

 

Flamengo e Vasco são os grandes que lideram a discussão pela volta do futebol no Rio. Fluminense e Botafogo estão no lado oposto. Nesta terça-feira, a Ferj conduzirá mais uma reunião para tratar da segunda fase do protocolo Jogo Seguro. Da pauta faz parte a delimitação de quantas pessoas estarão em volvidas na volta das partidas com portões fechados, como será o processo de concentração, traslado, chegada ao estádio e outros pontos.

– É importante entender o contexto como um todo, a realidade do futebol. Entender os outros clubes. São cenários diferentes. Estamos brigando para ser ouvido, para discutir, voltar quando for permitido. Mas precisamos discutir. Não é para esperar morrer o último paciente do Covid-19 para falar sobre futebol. Não queremos botar ninguém em risco, mas queremos minimamente discutir. Se a gente não discutir as coisas que são do nosso interesse, quem vai discutir? – completou Campello.