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Drogas antienvelhecimento poderiam proteger os idosos da covid-19?



No fim do mês passado, escrevi uma coluna sobre imunossenescência, ou seja, o envelhecimento do sistema imune que, com o passar dos anos, vai se tornando menos eficiente no combate a vírus e bactérias. Como o organismo do idoso perde a capacidade de se defender, ele é a vítima preferencial do novo coronavírus. Mas, e se houver uma forma de parar o implacável relógio interno? Esse é o tema do artigo de dois renomados cientistas que estão na linha de frente das pesquisas sobre drogas antienvelhecimento: Nir Barzilai e Jamie Metzl.

“Podemos dar diferentes nomes para as doenças que nos matam, como câncer, hipertensão ou demência, mas o que realmente nos mata é a idade. Quanto mais velhos ficamos, maior a chance de morrermos de uma dessas enfermidades. Mas, se conseguirmos retardar o envelhecimento em nível celular, poderemos combater todas de uma vez, inclusive a Covid-19”, escreveram.

E como isso pode ser feito? De acordo com Metz e Barzilai, que é diretor do centro de pesquisa sobre o envelhecimento do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, a conquista da longevidade se deu graças a melhorias em saneamento, nutrição e saúde primária, entre outros fatores. No entanto, nas próximas décadas, o novo salto para a humanidade dependerá da nossa habilidade em atuar diretamente na biologia. O curioso é que os estudos realizados apontam a droga chamada metformina, amplamente utilizada no tratamento contra o diabetes, como um agente capaz de “virar a chave” do envelhecimento.

“Podemos dar diferentes nomes para as doenças que nos matam, como câncer, hipertensão ou demência, mas o que realmente nos mata é a idade. Quanto mais velhos ficamos, maior a chance de morrermos de uma dessas enfermidades. Mas, se conseguirmos retardar o envelhecimento em nível celular, poderemos combater todas de uma vez, inclusive a Covid-19”, escreveram.

E como isso pode ser feito? De acordo com Metz e Barzilai, que é diretor do centro de pesquisa sobre o envelhecimento do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, a conquista da longevidade se deu graças a melhorias em saneamento, nutrição e saúde primária, entre outros fatores. No entanto, nas próximas décadas, o novo salto para a humanidade dependerá da nossa habilidade em atuar diretamente na biologia. O curioso é que os estudos realizados apontam a droga chamada metformina, amplamente utilizada no tratamento contra o diabetes, como um agente capaz de “virar a chave” do envelhecimento.

No texto, eles explicam que, com tanta gente fazendo uso da metformina, o volume de dados disponíveis mostrou seu potencial para prevenir não só diabetes, mas doenças cardiovasculares, câncer e demência. Idosos que tomavam a medicação tinham uma mortalidade 20% menor que seus pares da mesma idade que não eram portadores da doença. A partir daí, os cientistas formularam a hipótese de que a metformina poderia ter um impacto sistêmico em todo o organismo.

Outras categorias de drogas parecem ter relação com o retardamento do envelhecimento, como os rapalogs: em inglês, os similares ou análogos da rapamicina, que atuam em uma proteína chamada mTOR. Há um estudo de longo prazo para identificar de que forma a metformina e os rapalogs atrasam o relógio biológico dos humanos, mas os cientistas acreditam que a maturação do projeto deveria ser acelerada diante do quadro de tantas mortes causadas pela pandemia. “Se a Covid-19 é uma doença severa para os mais velhos, controlar o envelhecimento será a forma de deter a enfermidade”, defenderam os pesquisadores, que pedem o apoio do governo norte-americano para agilizar esse processo.

Fonte: G1


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