RIO – O sistema municipal de saúde do Rio pode entrar em colapso nos próximos dias se a abertura de novos leitos para tratamento da covid-19 não acontecer na velocidade que os gestores estão prevendo.
Apesar de o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) ter procurado demonstrar otimismo ao inaugurar parcialmente um hospital de campanha nesta sexta-feira, 1º de maio, a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, admitiu o risco de colapso.
“O sistema público municipal pode colapsar se os outros entes (Estado e União) não abrirem seus leitos. O sistema público municipal não consegue sustentar todo o estado”, afirmou a secretária. “O sistema público pode colapsar se a população não colaborar, for às ruas, retomar seus hábitos, porque aí a gente não consegue segurar essa curva (de infectados).”
A declaração foi dada durante inauguração do maior hospital de campanha do Rio no combate à covid-19, no Riocentro, zona oeste da cidade. A unidade foi aberta parcialmente, com 80 leitos de enfermaria e 20 de UTI. A promessa é que esse número seja ampliado em cinco vezes nas próximas semanas, quando dois aviões deverão trazer equipamentos da China e novos médicos serão contratados.
“Os leitos de UTI vão derrubar com certeza a curva de óbitos. Nós vamos cair essa curva para menos da metade”, assegurou Marcelo Crivella. Questionado sobre o risco de colapso no atendimento, o prefeito, que é bispo licenciado da Igreja Universal, disse ter “fé” que não. “Eu tenho fé em Deus de que não vai entrar em colapso”, afirmou Crivella. “Nós estaremos com certeza preparados para essa crise. Com muita fé em Deus, e com nossos profissionais, vamos vencê-lo.”
Multa
O prefeito declarou que uma reunião com a equipe técnica que trabalha nas ações de combate à covid-19 no Rio poderá estabelecer multas a comerciantes que atenderem clientes que não estiverem utilizando máscaras de proteção.
“Vamos analisar as curvas. A ideia que eu tenho é nos alertamos os estabelecimentos de que serão multados – o valor teremos que ver com a secretaria da Fazenda – se atenderem pessoas sem máscara.”
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Fonte: Terra Saúde