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Doria decide ampliar quarentena e recebe pressão do interior



O governo de São Paulo irá prorrogar a quarentena vigente no Estado para retardar a propagação do novo coronavírus, que venceria no próximo dia 22, quarta-feira. Entretanto, a gestão João Doria (PSDB) ainda discute se a ampliação valeria em todo o Estado, uma vez que dirigentes vêm recebendo pressões de prefeitos do interior para liberar aberturas parciais do comércio em municípios onde a doença ainda não chegou.

Uma opção é que as restrições sejam válidas apenas nas cidades que compõem as cinco regiões metropolitanas de São Paulo (capital, Baixada Santista, Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba), áreas onde as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) já estão lotadas, e que concentram a maior parte da população paulista. Há mais de 200 cidades paulistas que não tem ainda nenhum caso de covid-19. Parte do primeiro escalão do governo, entretanto, tem receio em adotar qualquer flexibilização. Técnicos da saúde têm planos de usar os leitos de internação do interior para atender pacientes de outras áreas mais lotadas, e uma aceleração do surto nas pequenas cidades traria mais risco de colapso.

O único martelo já batido é que a opção de endurecimento ainda maior da quarentena, com fechamento total do Estado (o lockdown) está descartado por ora.

São Paulo é o Estado com maior número de mortes e casos confirmados do novo coronavírus no País. De acordo com balanço mais recente da Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo já tem 853 óbitos pela doença. Os casos confirmados são 11.568. Em todo o País, o número de mortes de pessoas infectadas pelo novo coronavírus chegou 1.924, com um total de 30.425 casos, de acordo com o Ministério da Saúde.

O sistema de saúde estadual e municipal já sofrem com sobrecarga em leitos de UTI, principalmente na capital e na região metropolitana.

De acordo com o governo do Estado, a taxa de isolamento se manteve em 50% nesta quarta-feira, 16, número registrado tanto na segunda quanto na terça-feira. O ideal para controlar a disseminação da doença, segundo o gestão Doria, é 70%. O governo afirma que uma taxa baixa de adesão pode fazer com que o número de leitos disponíveis no sistema de saúde não seja suficiente para atender a população.

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Governador João Doria (PSDB) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Governador João Doria (PSDB) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes

Foto: Governo do Estado de SP/Divulgação / Estadão Conteúdo

Estadão

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Fonte: Terra Saúde


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