Depois de aproximadamente quatro horas de debate, a maior parte dos clubes das principais divisões do Brasileirão decidiu que ampliará por mais dez dias o período de férias dos jogadores. Por ora, Flamengo, Vasco e Botafogo são exceções porque aguardam desenrolar das conversas com a Ferj.
A movimentação dos clubes para ampliar o prazo para retorno no encontro virtual foi noticiada pelo GLOBO nesta segunda-feira.
Com a esticada nas fériasa até 30 de abril, os atletas e comissões técnicas completarão os 30 dias previstos por lei e deixam de ter direito aos 10 dias que foram inicialmente prometidos para o fim do ano, no período entre Natal e Révellion.
Estrategicamente, a decisão é importante para a CBF porque assim é possível traçar modelos de calendário considerando como úteis o período todo de dezembro. Não é absurdo imaginar um boxing day no Brasil, a exemplo do que acontece na Inglaterra: jogos em 26 de dezembro.
Nesse cenário, os clubes e a CBF admitem a possibilidade de que haja partidas com intervalo menor do que 66h entre elas, caso seja necessário, para acoplar todas as competições.
Dentro desse contexto também estão medidas sanitárias a serem tomadas para a retomada do futebol – ainda sem data.
– Começamos agora a discutir um protocolo mais amplo. Não tem como dizer quando é que volta. É como volta. Treinos separado, com protocolo, a partir daí avançando em primeiros jogos com portões fechados dos estaduais. Nas principais competições, já estariam abertos – disse o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, um dos integrantes da Comissão Nacional de Clubes.
Quando a Flamengo, Botafogo e Vasco, a visão deles é que, se houver possibilidade de retorno do Estadual em maio, eles não querem abrir mão dessa preparação de mais 10 dias. Tudo depende do avanço do protocolo de saúde montado junto à Ferj, que será submetido às autoridades.
Os dirigentes voltarão a se reunir na próxima sexta-feira, quando esperam resolver outro tema tratado na reunião: os direitos internacionais. Três empresas estão no páreo. Duas empresas serão selecionadas. Foram divididas duas propriedades do Brasileirão: transmissão em TV e em sites de apostas (betting rights).
Interessados mais em exposição do que necessariamente em dinheiro neste primeiro momento, os clubes pretendem fechar um contrato com duração de quatro anos. Na renovação, em 2024, aí sim exigiriam um valor mais substancial.
Fonte: O Globo