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Clubes querem férias coletivas de 20 dias e redução de 25% dos salários dos jogadores



 

Dirigentes de clubes tiveram nesta segunda-feira à tarde mais uma conferência na qual discutiram as propostas para amenizar os custos com jogadores durante a interrupção do futebol por causa do coronavírus.

A discussão com os representantes dos atletas é encabeçada pelo presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, que prometera enviar à Federação Nacional dos Atletas de Futebol (Fenapaf) uma atualização do desejo em relação a descontos salariais e antecipação de férias. A medida vem no dia seguinte à Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

As propostas

1. Concessão de Férias Coletivas de 20 dias a todos os atletas, no período compreendido entre os dias 1 de abril e 20 de abril de 2020, com pagamento integral no quinto dia útil do mês subsequente ao gozo das férias e o 1/3 constitucional a ser pago no mês de dezembro de 2020, de modo que os clubes – e somente eles – arcarão integralmente com a manutenção das atividades futebolísticas durante tal período;

2. Garantia aos atletas do período de 10 dias restantes de férias no final do ano de 2020 ou no início de 2021, adequadas ao calendário que se desenhará após o retorno da paralisação;

3. Redução da remuneração dos atletas em 25% durante o período da paralisação, como preceitua o artigo 503 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em casos extremos e de força maior.

Condições

Os clubes esperam que uma resposta seja dada pelos atletas em até 48 horas. Na reunião desta segunda-feira, participaram representantes de 46 clubes de todas as séries.

Em nota, a comissão de clubes pontuou que as férias serão concedidas, caso não haja resposta dos órgãos representantes dos jogadores, com base na Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e que entrou em vigor no domingo.

Os dirigentes disseram que acreditam que o “permanente diálogo entre clubes e os atletas levará a um cenário onde todos possam dar sua parcela de contribuição para preservar os empregos, os empregados e os empregadores”.

 

Fonte: O Globo

 


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