A propagação da epidemia do novo coronavírus é motivo de “extrema preocupação”, segundo o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Toshiro Muto. Esta é a primeira vez que os organizadores da Olimpíada, que será realizada de 24 de julho a 9 de agosto no Japão, declaram temor em relação ao surto. Os Jogos Paralímpicos serão disputados após a Olimpíada, de 25 de agosto a 6 de setembro.

Veja ainda:10 curiosidades sobre os Jogos de Tóquio-2020

— Estamos extremamente preocupados que a propagação da epidemia possa diminuir o interesse e o entusiasmo pelos Jogos — disse Muto em uma reunião do Comitê Paralímpico Internacional, nesta quarta-feira — Espero que possa ser erradicado o mais rápido possível. Planejamos cooperar com o Comitê Olímpico Internacional (COI), com o Comitê Paralímpico Internacional (CPI), com o governo e com a cidade de Tóquio para encarar este problema.

Leia também:Arroz e feijão estão garantidos aos brasileiros

As autoridades do Japão determinaram uma quarentena de 14 dias para os 3.700 passageiros de um cruzeiro no qual foram detectados 10 casos do novo coronavírus.

Desde o surgimento na cidade de Wuhan, centro da China, o novo coronavírus 2019-nCoV provocou a morte de 490 pessoas entre as mais de 24.000 infectadas.

China

Na China, o surto fez com que a Agência Antidoping Chinesa (Chinada) suspendesse os exames de controle. Devido à proximidade do megaevento, a Agência Internacional de Testes (ITA) disse à agência de notícias AFP que “isso muito provavelmente terá um impacto no país, e soluções precisam ser encontradas”. A Agência Mundial Antidoping (Wada) está ciente da situação e monitora.

A Chinada vai “gradualmente retomar os testes assim que a situação melhorar”, e a ITA acrescentou que fornecedores privados poderão ser usados para conduzir testes.

— A situação é de cautela para não colocar em risco atletas ou oficiais de teste e, embora reconheça a importância das atividades antidoping, as prioridades são manter a saúde pública para todos — disse a agência internacional à AFP