Um dos problemas do calendário brasileiro é a ilusão criada pelos Estaduais. Tudo parece bem, mas basta o nível subir para os problemas aparecerem. Quem viveu essa experiência ontem foi o Fluminense, que exagerou nos erros individuais e coletivos diante do Unión La Calera, pela Copa Sul-Americana, e viu que ainda há muito a ser corrigido. O empate em 1 a 1, no Maracanã, mostrou que a Taça Guanabara não vai durar para sempre.

O La Calera não é um primor técnico, mas teve consciência do que precisava fazer. O ferrolho bem montado e a sequência de faltas ? com conivência da péssima arbitragem de Carlos Herrera Bernal – minaram o jogo. Aliado a isso, o Fluminense tinha problemas evidentes. A lenta transição da defesa para o ataque e a falta de referência na área tornaram previsível a equipe de Odair Hellmann.

Nenê não consegue escapar da marcação dos chilenos, que abusaram das faltas Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo
Nenê não consegue escapar da marcação dos chilenos, que abusaram das faltas Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo

A atuação tricolor só melhorou quando Evanilson trouxe a velocidade que faltava. Chamado pela torcida, o camisa 9 saiu do banco e soube se posicionar bem para abrir o placar. Tudo parecia resolvido, mas uma bobeira defensiva levou a vantagem por água abaixo. Minutos depois, Hudson perdeu a dividida e Castellani acertou um belo chute de fora da área para empatar.

Foi o suficiente para os minutos finais virarem uma coletânea de cruzamentos sem direção. O placar de 1 a 1 dá a vantagem aos chilenos, que podem empatar sem gols no jogo de volta, em 18 de fevereiro, no gramado sintético do Nicolás Chahuán Nazar, para avançar.