Por mais curioso que seja, há caminhos que podem trazer a Copa América de volta ao Brasil em 2020. Como o cenário antes no horizonte da Conmebol de realizar o torneio do ano que vem nos Estados Unidos ficou longe da realidade, a entidade já discute novos rumos.
Em reunião do Conselho realizada nesta quinta-feira, na CBF, o presidente Alejandro Domínguez colocou sobre a mesa o pedido por alternativas viáveis a próxima edição. A expectativa é que haja ideias mais concretas no próximo encontro dos dirigentes sul-americanos, no mês que vem, ainda sem local definido.
Na proposta de Alejandro está sublinhado que não seja levado em conta o passado recente da competição. Isso quer dizer que não importa há quanto tempo um determinado país tenha sediado o torneio de seleções mais antigo do mundo. Essa pré-definição coloca no páreo países como Brasil, Chile e Argentina, três das últimas sedes.
Enquanto isso, a CBF olha com simpatia à ideia de fazer uma “dobradinha” em 2019 e 2020.
– Não vemos problema, fazendo uma gestão compartilhada como essa. Queremos dar uso aos estádios – disse o presidente eleito da entidade, Rogério Caboclo.
A disposição brasileira, no entanto, não é suficiente porque os votos dos outros nove países do continente precisam ser considerados.
Independentemente do local, a Conmebol não abre mão de realizar a Copa América de 2020. E já reservou no calendário o período entre 12 de junho e 12 de julho. A entidade não fecha os olhos para eventuais candidaturas conjuntas, embora reconheça que a mobilidade de torcedores no continente seja uma tarefa complicada.
Mas, em termos de distâncias, o comando da Conmebol vê como exemplo favorável para aceitação de parcerias entre os países a edição de 2016, nos Estados Unidos. Há deslocamentos na América do Sul que seriam similares aos executados de uma costa à outra do território norte-americano: teve jogo em Nova Jersey e em Los Angeles.
RUÍDO NA RELAÇÃO
A frustração de momento dos planos da Conmebol em realizar a Copa América nos Estados Unidos em 2020 é fruto de um ruído na relação com a Concacaf. Há divergências em relação à forma com a qual os contratos comerciais são negociados. A edição do ano que vem será a primeira em que a entidade sul-americana terá total controle dos acordos comerciais e de transmissão televisiva. É um torneio que sairá do zero. A Conmebol, pelo menos, tenta tirar a definição da sede desse incômodo estágio inicial.
Fonte: O Globo