“Quem é esse que está com a bola?” Essa talvez tenha sido a frase mais dita na arquibancada do Maracanã ontem. Os atletas da base do Flamengo podem não ser populares para parte da torcida, mas merecem aplausos por assumirem a responsabilidade de substituir o elenco principal na abertura da Taça Guanabara. E deixaram boa impressão: mesmo empatando sem gols com o Macaé, a sensação foi que faltou pouco para o resultado ser melhor.
Dos 14 rubro-negros que atuaram, o mais experiente era Hugo Moura, de 21 anos. Isso explica o nervosismo que atrapalhou alguns atletas durante o jogo. O excesso de passes errados talvez não ocorressem em jogos da base, mas a ansiedade foi consequência de atuar no profissional. Mas nada disso impediu o Flamengo de ser superior na maior parte do tempo.
Tudo bem que o Macaé passa longe de ser um primor técnico ? a exceção foi Matheus Babi, o mais perigoso da equipe do Norte Fluminense. Mas o rubro-negro mostrou bons valores, como o habilidoso meia Yuri César, sempre presente quando o Flamengo criava chances, e o lateral-direito Matheuzinho, que mostrou o porquê de estar sendo cotado para ser o reserva de Rafinha.
O Flamengo só não marcou por três motivos: falta de capricho, boa atuação do goleiro Jonathan, e uma chance inacreditável perdida por Lucas Silva, que furou o chute livre na área. No fim, Yuri César cabeceou e viu a bola parar na linha. Não era dia.
Fonte: O Globo