O vice de relações externas do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, quebrou o silêncio e concedeu entrevista à Fox Sports sobre a demissão de Paulo Pelaipe e a relação com o vicede futebol Marcos Braz, que perdeu seu braço direito e disse na última terça-feira que se sentiu incomodado.
– Tenho uma ótima relação com o Marcos Braz, não concordo com todos os assuntos. Tenho dito que o Flamengo é grande para ser exclusivo, tem que ser inclusivo. Eu advoguei a aproximação junto ao Marcos Braz, e fui muito criticado à época. Eu entendia que o Marcos Braz poderia agregar conhecimento à nossa boa gestão. Temos qualidade que ele talvez não tivesse, e vice-versa. Mesmo sem concordar com tudo, o Flamengo teve um ano histórico, o melhor em 38 anos – afirmou Bap.
Segundo o dirigente, a decisão sobre a saída de Pelaipe não foi dele. E sim do presidente Rodolfo Landim, embora ele tenha concordado.
– Não existiu influência minha na saída do Paulo Pelaipe. Sabia do problema que estávamos vivendo. Mas a decisão foi do presidente Landim, ele chamou a responsabilidade. Ele já tinha um desconforto em relação a estrutura do futebol do Flamengo, achava que estava carregada, uma duplicidade de papéis, mas isso foi contornado. No fim do ano ele entendeu que por uma ocorrência específica que aconteceu, não fazia sentido a renovação. Ainda que eu tenha concordado com o presidente, não tive a ver com a saída – disse o vice, confirmando a informação do GLOBO de que o estopim para o desligamento foi o vazamento de informações sobre a discordândia no pagamento de premiações a funcionários.
– Concordei com o argumento que era irrefutável. Eu trouxe o Pelaipe em 2013 e de volta em 2019. Ele deveria voltar ainda com papel diferente. Mas concordo com a decisão do Landim. Não tive nada a ver com a saída do Paulo Pelaipe – finalizou, sobre o tema.
Nesta terça-feira, Braz concedeu entrevista e disse que só foi informado sobre a saída de Pelaipe após a decisão de Landim.
Bap terminou dizendo que o Flamengo é maior do que todos os dirigentes, e que nenhuma decisão foi tomada este ano no clube por apenas uma pessoa. Nem mesmo a contratação do técnico Jorge Jesus. Segundo se falou, o vice de relações externas seria contra um treinador estrangeiro, o que ele nega.
– Eu nunca fui contra técnico estrangeiro. Tanto que fui ao Chile tentar contratar o Sampaoli. Sempre fomos entusiastas. Dos 20 técnicos que passaram no Brasil a maioria deu errado. Só Jesus e Sampaoli não. Tem que achar o técnico certo, sem desafio do idioma.
Fonte: O Globo