Expressão famosa utilizada por Marcos Braz, o “gelo no sangue? ganhou outra interpretação na meio à crise desencadeada no Flamengo após a saída do gerente de futebol Paulo Pelaipe. O vice de futebol vai conversar pessoalmente com o presidente Rodolfo Landim, que ainda não voltou das férias, antes de se posicionar sobre o episódio, que foi tratado internamente como uma tentativa de enfraquecê-lo.

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Braz não foi consultado sobre o desligamento e não batendo de frente com a decisão. Tomada pelo trio Rodolfo Landim, Luiz Eduardo Baptista (o Bap) e o CEO do clube, Reinaldo Belotti. Landim volta de férias nos próximos dias, e o Conselho Diretor se reúne no dia 13 próximo, na Gávea. A maioria dos vice-presidentes também não foi consultada sobre a saída do gerente de futebol, menos ainda o conselho de futebol, do qual Braz faz parte ao lado de Bap, Diogo Lemos, Dekko Roisman e Fábio Pálmer.

A decisão final coube a Landim, que é aguardado pelos demais dirigentes para dar explicações. Braz optou pelo silêncio até que o mandatário se manifeste. O vice de futebol não quer criar um embate com o presidente por conta da relação ruim com Bap. Por isso, ao tomar conhecimento do desligamento de seu braço direito, resguardou-se.

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Outros dirigentes do clube veem a movimentação como estratégica para não agravar a crise nem obrigar Landim a escolher entre Braz e Bap. O vice de futebol não pretende renunciar nem mesmo cogita um afastamento após um ano de títulos importantes na sua pasta.

Apegado ao cargo, Braz sabe que tem o elenco na mão e boa parte da torcida e das redes sociais a seu lado, enquanto Bap sofre grande resistência interna e externa ? a hashtag #ForaBap foi o tópico mais comentado no Twitter na noite da segunda-feira ? e se apega à boa relação com Landim.