Em entrevista exclusiva ao site Record, de Portugal, o técnico do Flamengo, Jorge Jesus, foi taxativo em relação ao desempenho do time na final do Mundial de Clubes: “Se nós tivéssemos 27 jogos e eles (Liverpool) 80, seríamos nós campeões”. Na longa entrevista, o treinador abordou diversos temas, inclusive os mais recorrentes, como sua permanência no rubro-negro, ainda em aberto, a experiência de alcançar o reconhecimento mundial e a química com o elenco.

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– Conseguimos controlar ao máximo aquela equipe do Liverpool, sabendo que uma tinha 80 jogos e a outra 27 – disse na entrevista.

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Jesus admite que balança com o carinho da torcida e a união com o time. No Flamengo, aprendeu que a boa relação com os jogadores faz diferença.

– Quanto mais os jogadores gostam do treinador, mais rendimento tem a equipe. Os jogadores do Flamengo me amam – afirmou.

O ano de Gabigol, que marcou 28 gols em 32 jogos,  tem a ver com essa confiança mútua entre jogadores e treinador. Jesus lembra que o jogador o procurou após dois treinos:

– Ele me disse: “Míster, sei que todos os avançados que tu trabalhas (Cardozo, Jonas ou Dost) são os melhores marcadores batem recordes. Eu também quero bater”. Eles é que sabem quem são os bons treinadores, são os fiéis  depositários de quem são os grandes treinadores do mundo.

Pouca modéstia

Sobre seu contrato que vai até maio, mas que pode ser rescindido sem multa, Jesus voltou a afirmar que não deixará o Flamengo por qualquer clube da Europa. São poucos os times vistos como um desafio por ele na Europa.

Nem mesmo o caminhão de dinheiro oferecido pela China, antes mesmo da decisão do Mundial de Clubes.

– Se aparecer aquilo que é meu sonho, como eu tinha o sonho de ganhar pelo Flamengo, que me dê a oportunidade de disputar o título do país e chegar a uma final da Champions… – afirmou Jesus, reconhecendo os desafios de permanecer no clube. – Se ficarmos, o grande adversário do Flamengo vai ser o Flamengo.

Com pouca modéstia, Jesus afirma que seu desempenho abriu portas para outros técnicos portugueses no Brasil e outros países, como Arábia Saudita:

– Agora pensam que todos os portugueses são iguais a Jesus. Acham que todos têm a mesma metodologia de treino. Não é verdade – disse ele, que  não teme ser tido como arrogante. – Todos os grandes treinadores e jogadores podem ser qualificados de um pouco arrogantes. Se acreditas naquilo que fazes, às vezes é um pouco arrogante. Não quer dizer que não respeite os outros, é porque tua confiança te faz ter atitudes menos simpáticas.